O Tribunal Penal do Vaticano emitiu uma sentença de cinco anos e meio de prisão, em primeira instância, para o cardeal italiano Angelo Becciu por fraude financeira. Becciu, que já foi considerado um possível candidato a papa, foi acusado de desviar fundos para sua diocese natal na Sardenha, na Itália, beneficiando sua família em um suposto enriquecimento ilícito.
Becciu é um ex-assessor próximo do . O caso central do julgamento envolveu uma transação imobiliária em Londres, a compra, em 2015, de um edifício luxuoso de 17 mil m², apontado como desvio de verbas para o enriquecimento ilícito do cardeal.
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O procurador Alessandro Diddi solicitou penas de prisão variando de quase quatro anos a mais de 13 anos, além de sanções financeiras, para os dez réus acusados de fraude, desvio de fundos, abuso de poder, lavagem de dinheiro, corrupção e extorsão. Um foi absolvido, duas pessoas foram condenadas a pagar multa e uma outra recebeu pena de prisão sob suspensão de um ano e meio.
O advogado de Becciu, Fabio Viglione, anunciou que vai recorrer da decisão. “Respeitamos a sentença, mas certamente recorreremos”, disse ele. “Reiteramos a inocência do cardeal.”
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Becciu é o primeiro funcionário de mais alto escalão da Santa Sé a ser julgado por crimes financeiros. O escândalo veio à tona em 2020, quando o cardeal renunciou ao cargo na Congregação para as Causas dos Santos e aos direitos do cardinalato.
Fonte: revistaoeste