Olha que ideia incrível. O Canadá vai inaugurar a primeira mercearia com comida gratuita: é o Regina Food Bank, que está em construção.
A ideia é simples: em vez de receberem cestas padronizadas de alimentos, as pessoas vão poder escolher o que quiserem, conforme a preferência e a necessidade. Isso também ajuda a diminuir o desperdício de alimentos.
“Quando você dá escolhas, você dá não apenas dignidade, mas, na verdade, calculamos que podemos alimentar 25% mais pessoas”, disse o vice-presidente do local, David Froh.
Como a pessoa pega os alimentos
Quando alguém precisa de ajuda, o Banco de Alimentos só pergunta sobre a renda e quantas pessoas têm na família.
Depois de se inscreverem, elas podem ir às “compras” a cada duas semanas, com hora marcada.
Os clientes saem com cerca de US$ 200 – equivalente a R$ 774 – em comida, por pessoa.
História de quem precisou de ajuda
Por trás das estatísticas estão histórias como a de Jon White, que recorreu ao banco de alimentos após uma lesão no ombro que o impossibilitou de trabalhar.
Como é solteiro, o homem disse que gosta de preparar refeições descomplicadas, como macarrão, mas entende que uma família com filhos pode precisar de mais produtos e carne.
“Normalmente eu negocio com meus vizinhos e trocamos uns com os outros, então funciona dessa maneira. Há muitas coisas que simplesmente vão para o lixo”, lembrou.
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Conseguiram o valor com doações
Os bancos alimentares não recebem subsídios governamentais, por isso David e os colegas tiveram que ir atrás de doações.
Eles conseguiram arrecadar o equivalente a R$ 19,6 milhões para deixar o prédio pronto, mas a meta é juntar R$ 26,5 milhões para mantê-lo aberto.
A generosidade veio desde grandes cheques de parceiros corporativos até moedas tiradas diretamente dos cofrinhos das crianças.
Alimentos de produtores locais
Grande parte do estoque do Regina Food Bank, incluindo lentilhas, aveia e produtos de origem animal, será de fazendas da cidade.
Isso ajuda a melhorar a qualidade nutricional dos alimentos e a apoiar os produtores locais.
David espera atender 200 famílias por dia no novo espaço, e a meta é ajudar 25 mil pessoas por mês.
“Quando as pessoas vierem aqui, serão recebidas com um sorriso e sairão com a comida que precisam e isso é incrível”, afirmou.
Insegurança alimentar
O banco alimentar não se limita a ajudar pessoas em situação de rua; 18% dos clientes trabalham em período integral e 2.000 estudantes recebem refeições escolares através dele.
Desde a pandemia, houve um aumento no número de pessoas que usam bancos alimentares em todo o país. Apenas em Regina, a taxa cresceu em 25%.
Uma em cada oito famílias sofre de insegurança alimentar na cidade, e dos 16 mil clientes mensais, 44% são crianças.
Com informações da CBC.
Fonte: sonoticiaboa