Uma equipe de astrônomos aguarda o momento que o buraco negro Sagitário A vai devorar a nuvem de poeira de gás X7, no centro da Via Láctea. Os estudos sobre a relação entre os dois fenômenos espaciais foram publicados na revista Astrophysical Journal, há uma semana.
Desde 2002, os pesquisadores da universidade da califórnia, em Los Angeles (UCLA, na sigla em inglês), e do Observatório Keck observam esses dois corpos celestes. “Esta é uma chance única de entender os efeitos das forças do buraco negro, dando-nos uma visão da física do ambiente extremo do centro galáctico”, disse a principal autora do estudo, Anna Ciurlo, e pesquisadora-assistente da UCLA.
A massive filament of gas and dust, designated X7, has been elongated during its long approach to the Milky Way galaxy’s SBH Sagittarius A*. See @keckobservatory imagery of X7 and an animation of its closest approach to the black hole.
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— Girl In Space (@ExploreCosmos_) February 22, 2023
Sobre a nuvem “devorada” pelo buraco negro
A nuvem X7 tem uma massa 50 vezes maior que a da Terra. A X7 fará sua maior aproximação de Sagitário por volta de 2036 e vai se dissipar logo em seguida, em razão de o Sagitário A “engolir” o gás e a poeira.
“Prevemos que as fortes forças das marés exercidas pelo buraco negro galáctico acabarão aniquilando a X7 antes mesmo de completar uma órbita”, explica o professor de física Mark Morris, da UCLA, e coautor do estudo.
Até o momento, os cientistas não sabem a origem da nuvem, mas teorizam que poderia ter se originado por meio da fusão de duas estrelas. Geralmente, a estrela absorvida fica encoberta por pó de gás.
Fonte: revistaoeste