A Polícia Militar italiana encontrou nesta quarta-feira, 18, um possível bunker secreto usado pelo o último “padrinho” da máfia siciliana, Matteo Messina Denaro, preso na última segunda-feira.
A entrada para o reduto fortificado ficava escondida atrás de um armário cheio de roupas em uma casa em Campobello di Mazara, uma pequena cidade na Sicília, local onde o apartamento de Denaro foi descoberto nesta terça-feira. A casa supostamente pertence a um homem que já foi julgado por associação com a máfia, porém foi absolvido em 2001.
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Apelidado de Diabolik ou U Siccu, que significa “o magro”, Denaro era filho do chefe da máfia Cosa Nostra. Ele conseguiu prosperar nos negócios da família e construiu um império ilícito de bilhões de euros no ramo de descarte de lixo, energia eólica e varejo. Em 2022, Diabolik foi condenado à prisão perpétua por homicídio e por ter ordenado o assassinato de dezenas de pessoas.
Os investigadores que vasculham a propriedade tem esperança de encontrar documentos que estavam na posse de Denaro, em particular o “arquivo secreto” do maior chefe da máfia Siciliana, Totò Rina, que morreu em 2017. Segundo alguns informantes, a documentação foi roubada por Denaro e supostamente contém todos os segredos dos últimos 40 anos de assassinatos da máfia.
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Os promotores do caso acreditam que Denaro tem a chave para os crimes mais hediondos cometidos pela máfia siciliana, incluindo os ataques a bomba em 1992 que mataram os magistrados Giovanni Falcone e Paolo Borsellin, e o assassinato de Giussepe Di Matteo em 1966, um menino de 12 anos que foi estrangulado e dissolvido em ácido.
Certa vez, o mafioso afirmou que já lotou “um cemitério sozinho” e mantinha um estilo de vida luxuoso graças a vários banqueiros que, de acordo com os promotores, incluíam políticos e empresários. No momento de sua prisão, por exemplo, ele usava roupas de grife e tinha um relógio de 38 mil euros em seu pulso.
Os chefes da máfia italiana são conhecidos por construir túneis de fuga sob suas casas e bunkers sofisticados nas montanhas acessíveis apenas a pé para se protegerem quando estão fugindo.
Fonte: Veja