O Ministério do Turismo informou nesta segunda-feira, 3, que o montante acumulado no setor ultrapassa R$ 73 bilhões, sua melhor marca desde 2015, de acordo com uma análise da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado de São Paulo (FecomercioSP). No mês passado, a pasta já havia informado que 2,7 milhões de turistas estrangeiros aterrissaram no território brasileiro, o que representa 75% dos visitantes internacionais que chegaram ao país em todo o ano de 2022.
“Esse panorama promissor reflete não apenas a volta da confiança dos nossos viajantes, mas também o empenho de todos os envolvidos no setor em proporcionar experiências memoráveis. O turismo brasileiro segue firme e forte, pronto para encantar e surpreender aqueles que escolhem desbravar nossas terras”, afirmou a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, em nota.
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O setor aéreo lidera ranking dos beneficiados, embolsando R$ 5,6 bilhões, e é seguido por atividades culturais, recreativas e esportivas, com R$ 1,3 bilhão. Alimentação e hospedagem, no entanto, não ficaram para trás e acumularam R$ 5,05 bilhões, representando um aumento de 6,9% quando comparado ao quadrimestre passado.
Em parceria com o Ministério do Turismo, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) registrou também o aumento do interesse de turistas estrangeiros pelo Brasil. No total, somente a receita proporcionada por esses visitantes soma R$ 10,8 bilhões neste ano, sendo a maior dos últimos quatro anos. Entre as nacionalidades que mais chegaram ao país, os argentinos assumem protagonismo.
“O acréscimo significativo de turistas estrangeiros no país também tem relação direta com o retorno dos argentinos ao Brasil. De janeiro a abril, 1,18 milhão de hermanos desembarcaram nas cidades brasileiras, registrando um aumento de 166% em relação ao ano passado, quando foram registrados 443.993″, aponta a Embratur.
Os argentinos são seguidos pelos cidadãos dos Estados Unidos e do Paraguai. Para completar o Top 10, Chile, Uruguai, Portugal, Alemanha, França, Reino Unido e Itália ocupam os outros lugares da lista, respectivamente. As viagens de lazer (45%) e de negócios (29%) estão entre as principais motivações, segundo a FecomercioSP.
O governo indica, ainda, que os valores devem apresentar estabilidade “devido à redução na inflação, melhora do mercado de trabalho e uma redução de juros que está prevista para acontecer em breve”. Dando razão à perspectiva positiva, o Relatório Anual de impacto Econômico do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) afirma que as contribuições do turismo para o PIB do Brasil superarão em 5% neste ano os padrõe pré-pandemia.
Fonte: Veja