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‘Brasil ficou quatro anos se marginalizando’, diz Lula a Biden

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Em encontro na Casa Branca com o presidente americano Joe Biden, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que Estados Unidos e Brasil precisam trabalhar juntos no combate à desigualdade e na defesa da Amazônia, e teceu críticas à política externa desempenhada durante os quatro últimos anos, durante governo de Jair Bolsonaro.

Os dois conversaram brevemente e posaram para fotos antes de entrar em uma reunião a portas fechadas.

“O Brasil ficou quatro anos se marginalizando, tinha um presidente que não gostava de manter relações com nenhum país. O mundo dele começava e terminava com fake news, de manhã, de tarde e de noite. Ele parece que menosprezava relações internacionais”, disse Lula, sentado em frente à lareira do Salão Oval, a Biden.

Em resposta, Biden riu e disse que o assunto “soa familiar”, em uma referência ao seu antecessor, Donald Trump. O democrata também afirmou que as democracias dos EUA e Brasil foram “duramente testadas e prevaleceram”.

No primeiro encontro presencial entre os dois líderes, os dois também deram destaque à pauta climática. Segundo Lula, é preciso entender a Amazônia “não como um santuário da humanidade, mas como um centro de pesquisa compartilhado com o mundo inteiro”.

É esperado que, a portas fechadas, o foco da conversa se concentre não só no combate às mudanças climáticas, mas também em estratégias para acabar com o extremismo antidemocrático.

Ao fazer um convite antecipado a Lula para visitar a Casa Branca, Biden cria expectativa de cultivar laços mais estreitos para demonstrar seu apoio a um dos principais líderes do Ocidente. Após a vitória de Lula nas urnas em outubro, o democrata deu um rápido telefonema ao presidente eleito para demonstrar apoio (Bolsonaro demorou 38 dias para fazer o mesmo com Biden). A medida foi considerada bem recebida pelo governo do petista, que enxergou a atitude como um sinal de que o líder americano tentava restaurar os laços entre as duas nações.

Quando Biden era vice-presidente, no governo de Barack Obama, ele se encontrou rapidamente com Lula no Chile. Atualmente, ambos procuram aprofundar o que tradicionalmente tem sido chamada de uma “relação bilateral importante” entre as nações. Nos últimos anos, as negociações eram envoltas em tensão, principalmente pelas grandes diferenças entre o democrata e Bolsonaro

Antes de seguir para o encontro com Biden, Lula teve uma agenda corrida. Nos EUA, se encontrou com políticos democratas, , um dos principais líderes da esquerda no país.

No encontro, Lula defendeu o fortalecimento das instituições democráticas em todo o mundo e alertou sobre a ameaça de extremistas de direita tentando minar a democracia. Já Sanders falou aos jornalistas que os Estados Unidos e a América Latina precisam parar de governar apenas para os bilionários e começar a pensar nos interesses dos trabalhadores.

Fonte: Veja

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