A gravadora alemã BMG rompeu o contrato com Roger Waters, ex-baixista da banda Pink Floyd. Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro de 2023, o músico inglês teria dado diversas declarações antissemitas. Ele também se posicionou contra a Ucrânia e os Estados Unidos. A informação é do portal norte-americano Variety.
Segundo o veículo, a postura do artista desagradou o novo presidente da BMG, Thomas Coesfeld, que assumiu o posto no ano passado. Ele foi o responsável pelo encerramento do contrato com Waters.
O baixista estava prestes a lançar, por meio da companhia, uma nova versão do álbum clássico Dark Side of the Moon, de 1973. A gravadora independente Cooking Vinyl, do Reino Unido, acabou realizando o trabalho.
O que disse o artista
A convite da Rússia, Waters proferiu um discurso no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), no ano passado. Suas palavras sugeriram que a Ucrânia deu motivos para a invasão russa.
Também em 2023, ele se apresentou em Berlim, na Alemanha, com figurino semelhante ao usado pelos nazistas. Ele também usava uma faixa vermelha com o desenho de dois martelos cruzados.
O posicionamento do inglês levou a Campaign Against Antisemitism (CAA), organização não governamental britânica que atua contra o antissemitismo, a investigá-lo. Segundo integrantes da sua equipe, o músico tem o hábito de fazer “comentários depreciativos” sobre o povo judeu.
Waters se defendeu
Em nota publicada em seu perfil no Twitter/X, em maio de 2023, o músico afirmou que o traje representava uma “oposição ao fascismo, injustiça e intolerância em todas as suas formas”.
Waters afirmou em recente entrevista que o rompimento estaria ligado aos interesses políticos pró-Israel da Bertelsmann, empresa detentora da BMG.
Fonte: revistaoeste