O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se arrependeu de ter saído da disputa pela reeleição, informou o jornal norte-americano Washington Post.
Conforme fontes anônimas, o democrata e seus assessores afirmam que o melhor era permanecer e enfrentar o adversário, Donald Trump.
Biden cedeu à pressão de líderes do Partido Democrata, depois de enfrentar dificuldades em pesquisas e ter uma performance ruim em um debate contra Trump, em junho.
A decisão abriu caminho para a vice-presidente Kamala Harris liderar a chapa democrata. No entanto, Kamala foi derrotada por Trump, que assumirá a Presidência para um segundo mandato em 20 de janeiro.
Biden tem sido cuidadoso para não culpar Kamala ou a sua campanha pela derrota, mas reconheceu que Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara, desempenhou papel crucial ao pressioná-lo a sair. Nancy estava preocupada de que a presença de Biden afetasse as chances democratas nas eleições legislativas.
Em entrevista ao CBS News Sunday Morning em agosto, Biden admitiu que Pelosi liderou a pressão devido a preocupações com a reeleição dos democratas no Congresso. Em setembro, no programa The View, ele expressou confiança de que teria vencido Trump em novembro, mas isso não se refletiu no sucesso eleitoral de Kamala.
Reflexões dos democratas
Muitos democratas culpam a derrota de Kamala pela decisão tardia de Biden em desistir. Biden prometeu ser um presidente transitório, servindo apenas um mandato antes de passar o comando para uma nova geração.
O senador Richard Blumenthal comentou que a candidatura de Biden desafiou o conceito de transição.
Alguns conselheiros próximos do democrata, sem criticá-lo diretamente, apontam que seu estilo de governança tradicional não se alinha com as demandas da política moderna.
Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional, destacou que Biden opera em um horizonte de décadas, enquanto o ciclo político é de quatro anos.
Os arrependimentos de Biden
Nas últimas semanas, Biden reconheceu erros durante seu mandato, incluindo falhas no debate e a decisão de não colocar seu nome nos cheques de alívio da pandemia de 2021.
Além disso, ele se arrependeu de ter escolhido Merrick Garland como procurador-geral, criticando sua abordagem em casos envolvendo seu filho, Hunter.
O atual presidente também expressou frustração com a lentidão de Garland em processar Trump por envolvimento nos eventos de 6 de janeiro, cujas acusações foram arquivadas.
Ele e seus assessores admitiram que poderiam ter elevado melhor o ânimo dos americanos durante a pandemia.
Fonte: revistaoeste