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Biden ameaça reter envio de armas a Israel devido a preocupações com a eleição, afirma professora: EUA em alerta

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A decisão do presidente Joe Biden, dos Estados Unidos (EUA), de reter o envio de armas para Israel, depois da entrada israelense em Rafah, está, provavelmente, mais relacionada à campanha presidencial norte-americana do que à situação na Faixa de Gaza.

Tal opinião, bastante difundida entre especialistas, é corroborada pela professora de história Barbara Weinstein, da New York University.

Segundo ela, as manifestações de estudantes em universidades, contrárias a Israel, serviram como um sinal de que os eleitores democratas e os jovens de uma maneira geral se distanciaram da candidatura de Biden à reeleição.

O descontentes criticaram Biden por ele apoiar a invasão de Israel em Gaza, depois dos atentados do grupo terrorista Hamas em Israel, no dia 7 de outubro. Segundo uma série de pesquisas publicadas nesta segunda-feira, 13, pelo jornal The New York Times, Donald Trump venceria as eleições dos Estados Unidos em cinco dos seis Estados considerados decisivos nas eleições de 5 de novembro,

“Muitos jovens estão se mostrando céticos em relação à aliança de Biden com Israel”, afirmou a professora a . “As manifestações são uma demonstração disso, e a campanha de Biden já percebeu que há o risco de muitos desses jovens não irem votar, o que fortaleceria a candidatura de Donald Trump.”

Neste contexto, a entrada das em Rafah, necessária na visão do governo israelense, serviu como um pretexto para Biden tentar recuperar a confiança de parte do eleitorado jovem ou democrata.

Na última semana, as tropas israelenses deram início à entrada na cidade de Rafah. O governo norte-americano condicionou a entrega de armamentos à intensidade da invasão.

“Biden teme perder esse apoio fundamental para que a candidatura se mantenha forte”, observou Weinstein.

Evacuação de refugiados em Rafah

Rafah fronteira Palestina Egito
Israel Ordenou Evacuação De Refugiados Antes Da Incursão A Rafah, Na Faixa De Gaza | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Até a madrugada deste domingo, 12, cerca de 300 mil palestinos já fugiram de Rafah, segundo a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).

A fuga dos palestinos se iniciou depois de as FDI terem ordenado, na última segunda-feira, 6, a evacuação de refugiados no leste da cidade para dar início à incursão terrestre, em busca de eliminar o poderio do Hamas.

Na semana passada, Biden e a sua equipe alertaram Netanyahu que uma grande invasão a Rafah não seria auxiliada por armas norte-americanas. No entanto, o envio de armamentos ainda não foi paralisado, porque, segundo o governo norte-americano, a incursão israelense, até este momento, não é de “grande escala.”

Fonte: revistaoeste

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