O avião em que está o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sumiu do radar monitorado pelo site FlightRadar24. A aeronave partiu de Moscou por volta das 8h44, no horário de Brasília, e segue para São Petersburgo.
Mais de 50 mil pessoas acompanhavam o trajeto do avião presidencial russo no momento em que a aeronave sumiu do radar.
Em nota, o governo negou uma suposta fuga de Putin e disse que ele está “trabalhando” em Moscou.
Além do sumiço do avião: os motivos do conflito entre o Grupo Wagner e Putin
Helicópteros militares da Rússia abriram fogo contra um comboio do grupo paramilitar Wagner, neste sábado. Os mercenários estavam a caminho de Moscou, depois de tomaram uma cidade ao sul da capital, informou a agência de notícias Reuters.
Putin prometeu “esmagar os rebeldes” que o ajudaram a tomar vários territórios da Ucrânia.
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De acordo com a Reuters, membros do Wagner foram interceptados na rodovia que liga Voronezh, a 620 quilômetros de Moscou, à capital do país. O grupo paramilitar levava blindados, carros e caminhões.
Em Moscou, o governo reforçou a segurança, sobretudo na Praça Vermelha, cercada com barreiras de metal.
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“Ambições excessivas e interesses investidos levaram à traição”, disse Putin, em um discurso televisionado transmitido na noite de ontem. “Todos aqueles que deliberadamente pisaram no caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada, que seguiram o caminho da chantagem e métodos terroristas, sofrerão punição inevitável, responderão tanto à lei quanto ao nosso povo.”
Yevgeny Prigozhin, o líder dos rebeldes
Na tarde de ontem, Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner, enviou um recado a Putin. “O mal trazido pela liderança militar do país deve ser interrompido”, disse. “Eles negligenciam a vida dos soldados. Esqueceram a palavra ‘justiça’ e vamos trazê-la de volta. Aqueles que destruíram hoje nossos homens, que destruíram dezenas de milhares de vidas de soldados russos, serão punidos.” Ninguém resiste. Todos que tentarem resistir, os consideraremos um perigo e os destruiremos imediatamente, incluindo quaisquer postos de controle em nosso caminho.”
O governo russo emitiu um comunicado em que declara que as afirmações de Prigozhin “não correspondem à realidade e são uma provocação informativa”.
Autoridades da Rússia confirmaram também que Putin está ciente dos últimos acontecimentos, e as medidas necessárias estão sendo adotadas.
Além disso, uma investigação contra o líder do grupo Wagner será iniciada por possível incitação de um motim.
Quem é o grupo Wagner
Liderado pelo oligarca Yevgeny Prigozhin, próximo do governo, o Grupo Wagner — uma empresa privada russa — foi fundado em 2014. Estima-se que cerca de 20 mil mercenários façam parte da organização. A imprensa internacional fala que o crescente número de homens inclui prisioneiros, civis russos e estrangeiros.
Sob orientação não explícita do Kremlin, o grupo executou ações em conflitos e guerras civis. Uma das primeiras missões que realizou foi na península da Crimeia, quando mercenários com uniformes sem identificação ajudaram forças separatistas apoiadas pela Rússia a tomar a região, em 2014. A organização paramilitar chegou a ser alvo de sanções dos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.
Fonte: revistaoeste