Israel deve discutir um novo esquema para liberar os reféns que estão na Faixa de Gaza depois de negociações realizas em Paris, na França, na noite da sexta-feira 23.
Conforme noticiou o jornal, a delegação israelense — que inclui coordenador de assuntos de reféns das FDI, Nitzan Alon, e o chefe da Divisão de Assuntos Estratégicos das FDI, Oren Seter — retornaram à Paris na manhã deste sábado, 24, depois de um debate sobre o tema.
Interlocutores ouvidos pelo jornal, disseram que, durante o debate, foram feitos avanços no sentido de um novo quadro, embora vários detalhes importantes ainda precisem ser combinados, como o número e a identidade dos reféns palestinos que serão liberados das prisões em Israel, em troca dos reféns que estão em Gaza.
A expansão da ajuda humanitária é compreendida como uma questão relativamente fácil de conciliar. Contudo, não está claro se foram firmados progressos nas exigências apresentadas pelo grupo terrorista Hamas para que a FDI de Israel se retirassem do norte de Gaza, e a extensão do cessar-fogo.
A reunião em Paris foi o terceiro encontro entre as quatro partes que negociam um acordo de liberação de reféns e o cessar-fogo com o Hamas. O primeiro encontro ocorreu entre o chefe do Mossad, David Barnea; o chefe do Shin Bet, Ronen Bar; o chefe da CIA, William Burns; o chefe da inteligência egípcia, Abbas Kamel; e o primeiro-ministro do Catar, Mohammed al-Thani, em janeiro deste ano.
Contudo, segundo Israel, a multiplicidade de condições estabelecidas pelo Hamas para firmar o primeiro acordo se tornou inviável, pois o grupo não estava interessado naquele momento em chegar a um novo acordo. Foi apenas depois da pressão dos EUA, do Qatar e do Egito contra o grupo terrorista que foi proposto um segundo encontro.
Premiê de Israel pressionado pelos EUA
Segundo o jornal, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é pressionado pelos EUA e pelas famílias dos reféns do Hamas e, desse modo, concordou que uma delegação israelita fosse ao Egito neste mês para realizar uma segunda reunião.
Então, vários sinais indicaram uma possível flexibilidade por parte do Hamas, o que levou a terceira reunião em Paris. O gabinete de guerra de Israel e o gabinete de segurança devem ser atualizados sobre a recente reunião de Paris, mas o ponto decisivo está com o Hamas, para continuar as conversações.
A reunião dessa sexta-feira em Paris tratou sobre o aumento do contato entre a França e os países do Oriente Médio, principalmente o Qatar, sobre o conflito em Gaza.
O ministro da Defesa do Catar, Khalid bin Mohammad Al Attiyah, esteve em Paris, na quinta-feira 22. Ele se reuniu com o ministro da Defesa francês, Sebastien Lecornu.
Segundo o portal i24, Emir do Catar Sheikh Tamim ibn Hamad al-Thani é esperado em Paris para uma visita de Estado nos próximos dias. O rei da Jordânia, Adbullah, foi a Paris em 15 de fevereiro, depois de visitar os EUA, para uma reunião com o presidente francês Emmanuel Macron.
A França e o Qatar participaram na iniciativa de entrega de medicamentos aos reféns detidos em Gaza. Segundo o Qatar, os medicamentos foram entregues. Além da informação do Qatar, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês informou que não fazia parte do processo de entrega em Gaza. Desse modo, não tinha mais informações sobre o assunto.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês se negou a informar até qual ponto o país está envolvido nas negociações desta sexta-feira, ou se alguma autoridade francesa estava presente na reunião.
Fonte: revistaoeste