Um novo foguete construído pela Blue Origin, empresa do empresário Jeff Bezos, foi aprovado pela Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos para decolar. A liberação ocorre depois de testes confirmarem o funcionamento adequado do New Glenn, estrutura com 98 metros de altura.
O teste, conhecido como hot fire, foi realizado na tradicional estação de Cabo Canaveral, na Flórida, na última sexta-feira, 27. Bezos publicou um vídeo do teste na rede social Twitter-X. “Próxima parada: lançamento”, comentou o dono da Amazon. A empresa pretende estrear seu foguete em 6 de janeiro.
A licença da FAA permite que a Blue Origin lance o New Glenn de Cabo Canaveral e pouse seu estágio propulsor reutilizável em uma barcaça no Oceano Atlântico. A licença é válida por cinco anos.
Next stop launch pic.twitter.com/GQFz4XxEt5
— Jeff Bezos (@JeffBezos) December 28, 2024
O New Glenn foi nomeado em homenagem a John Glenn, astronauta da Nasa, a agência aeroespacial dos Estados Unidos, que foi o primeiro norte-americano a orbitar a Terra, no ano de 1962. Ele deve concorrer com os foguetes Falcon 9, da SpaceX, no lançamento de satélites comerciais, sondas espaciais e espaçonaves militares.
Jeff Bezos quer construir postes lunares
Jeff Bezos fundou a Blue Origin em 2000, dois anos antes de Elon Musk criar a SpaceX. Até agora, foi lançado apenas um pequeno foguete, chamado New Shepard, que levou turistas espaciais. Nos próximos anos, a empresa tem uma agenda ambiciosa, como uma estação espacial privada e uma espaçonave para a superfície da Lua.
A Honeybee Robotics, braço da Blue Origin, anunciou o projeto de um poste com 100 metros de altura para iluminar crateras lunares. O tamanho supera monumentos como o Cristo Redentor (38 m), no Rio de Janeiro.
Para alimentar esses postes, é prevista a fonte de energia solar. A iniciativa recebe investimentos da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa do governo dos EUA, com o objetivo de explorar a Lua.
Os postes maiores que a Estátua da Liberdade deverão armazenar energia solar por duas semanas terrestres, período de inocência de luz natural. Depois, a carga manterá os postes acesos pelo equivalente a 14 dias — tempo que também duram as “noites” lunares.
Fonte: revistaoeste