Morteza Mehrzad, atleta iraniano de 2,46 metros de altura, enfrenta dificuldades na Vila Paralímpica de Paris devido à falta de uma cama adequada ao seu tamanho. O iraniano, que busca seu terceiro ouro paralímpico, está dormindo no chão.
Conhecido como “super-homem”, Morteza é o atleta paralímpico mais alto da história e o segundo homem mais alto do mundo. As camas da vila não são grandes o suficiente para acomodá-lo. Em Tóquio 2020, o atleta iraniano recebeu uma cama personalizada, mas em Paris 2024 isso não ocorreu, segundo o técnico Hadi Rezaeigarkani.
“Em Tóquio, sim, eles fizeram uma cama especial, mas infelizmente não aqui”, disse Hadi Rezaeigarkani ao Olympics.com sobre o atleta iraniano. “Ele vai deitar no chão. Ele não tem uma cama especial, mas tem o objetivo mais importante em mente. Não importa para ele se ele vai deitar no chão ou se não vai ter o suficiente para comer. De qualquer forma, ele tem a mente para se tornar um campeão.”
Trajetória de superação do atleta iraniano
Aos 15 anos, Morteza sofreu um acidente de bicicleta que resultou em uma fratura pélvica grave, interrompendo o crescimento de sua perna direita e causando uma diferença de quinze centímetros em relação à esquerda. O atleta iraniano, que enfrentou depressão, passou a depender de cadeira de rodas, muletas e bengala para se locomover.
Em 2016, depois de treinar em vários clubes regionais, Morteza foi convocado pela primeira vez para a seleção do Irã. Ele é o segundo homem vivo mais alto do mundo e o líder de uma equipe imbatível.
Em sua estreia no Brasil, conquistou o ouro e foi o artilheiro da final com 28 pontos, repetindo o feito em Tóquio 2020. Agora, em Paris, ele busca seu terceiro título consecutivo e o oitavo título da equipe de Hadi Rezaei nas dez edições do vôlei sentado.
Rezaei descobriu Morteza através de um programa de televisão, ligando para a produtora para marcar uma reunião com o “homem alto” que havia visto na TV.
Fonte: revistaoeste