Terroristas do grupo Jaish al-Adl invadiram uma delegacia de polícia no sudeste do Irã, na manhã de sexta-feira, 15, e mataram 11 policiais, entre soldados e oficiais superiores. A informação é da rede de televisão estatal iraniana. Oito pessoas ficaram feridas no atentado.
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vice-governador da província de Sistão e Baluchistão, Ali Reza Marhemati disse que o ataque ocorreu por volta das 2 horas. No confronto com a polícia, integrantes do Jaish al-Adl também foram mortos, segundo a agência de notícias Reuters.
O crime ocorreu na cidade de Rask, na empobrecida província de Sistão-Baluquistão. O local faz fronteira com o Afeganistão e o Paquistão. A comunidade tem uma população predominantemente muçulmana sunita e se queixa de ser tratada como “cidadã de segunda classe” pelos governantes do Irã, que são, em sua maioria, xiitas.
Manifestações contra o regime iraniano
Os atiradores fazem parte de movimentos separatistas cujas ações tentam organizar um motim contra o governo. Anteriormente, eles já realizaram outros ataques em delegacias de polícia.
Em 2019, esse mesmo grupo foi responsável pelo assassinato de 27 pessoas da Guarda Revolucionária do Irã, durante um ataque suicida.
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No entanto, eles não reivindicaram imediatamente o crime desta sexta-feira. Conforme a emissora estatal, esses assassinos normalmente conduzem operações de ataque e fuga a partir de seus esconderijos no Paquistão.
Manifestações antigovernamentais acontecem há meses na província de Sistão e Baluchistão, uma das áreas menos desenvolvidas do Irã.
Em 2022, houve na região uma forte repressão às manifestações pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, no Teerã. Antes da morte, o governo prendeu a jovem por usar indevidamente um véu islâmico.
Fonte: revistaoeste