A Rússia deflagrou, nesta semana, um ataque coordenado com 36 drones em seis regiões ucranianas. O bombardeio atingiu uma central de comunicações no norte do país vizinho. Os moradores ficaram sem sinal de TV nem de internet.
A capital da Ucrânia, kiev, confirmou a neutralização de pelo menos 22 drones Shahed-136 de origem iraniana. Os destroços de alguns dos aviões não tripulados atingiram casas de civis. Não há relato de feridos.
Em uma outra artilharia coordenada pelos russos, prédios foram alvejados por mísseis balísticos na região de Kharkiv — a aproximadamente 500 km de distância da capital.
De acordo com o governo de Zelenski, 150 vilarejos foram bombardeados com artilharia durante a noite e nesta manhã.
Apesar das ofensivas do governo Putin, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também operou ataques nas regiões de Kursk e Belgorodo, no sul da Rússia.
Os ataques supostamente envolveram as unidades da chamada Legião da Rússia, que são um grupo de opositores do governo Putin. Os combatentes são apoiados por Kiev e, segundo relatos, pela Agência Central de Inteligência (CIA), dos Estados Unidos.
No ataque a Belgorodo, a artilharia disparou oito mísseis balísticos desde o território da Ucrânia, cerca de 40 km distante do alvo. Duas pessoas morreram no ataque.
O Ministério da defesa da Rússia informou que os dois ataques foram contidos.
Ainda durante a semana, drones de longo alcance da Ucrânia também atingiram refinarias. De acordo com o governo russo, todas as indústrias energéticas estão operando normalmente — embora haja relatos de que a unidade em Riazan, no oeste do país, esteja com problemas de funcionamento.
Uma usina nuclear em Zaporizhzhia, região sul da Ucrânia fortemente dominada pela Rússia, sofreu uma grande explosão nesta quinta-feira. De acordo com a administração russa da central, os ucranianos colocaram uma bomba perto de tanques responsáveis por abastecer o local. Kiev não comentou a explosão.
Gabriel de Souza é estagiário da Revista em São Paulo. Sob a supervisão de Edilson Salgueiro
Fonte: revistaoeste
