Willie Walsh, diretor-geral da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), fez uma reclamação pública durante a abertura da Assembleia-Geral Anual da Iata. De acordo com ele, os lucros das companhias aéreas ainda estão muito aquém do esperado para um mercado sustentável.
Segundo o diretor-geral da Iata, atualmente, uma empresa do setor lucra R$ 11 por passageiro. É a previsão de caixa para este ano.
“As companhias aéreas terão um lucro líquido de US$ 9,8 bilhões (cerca de R$ 48 bilhões) neste ano”, afirmou Walsh. Esse valor “se traduz em US$ 2,25 (aproximadamente R$ 11) por passageiro”, indicou o diretor.
“O valor que fica para cada empresa não paga um bilhete de metrô em Nova Iorque, é algo insustentável”, acrescentou Walsh.
Apesar do valor irrisório, conforme divulgado pela Iata, a situação parece ser melhor que o resultado das empresas no ano passado. Em 2022, as companhias do setor tiveram, em média, um prejuízo de US$ 15 (R$ 75) por passageiro.
Reflexos da pandemia
O ambiente econômico e geopolítico continua afetando as companhias aéreas. O prejuízo e os problemas decorrentes da pandemia de covid-19 seguem refletindo no caixa das empresas.
A ruptura na cadeia de produção de suprimentos também é outro ponto. A falta de peças de aeronaves e motores — que os fabricantes não conseguiram resolver ainda — está afetando a capacidade das companhias de manter e implantar frotas existes.
Fonte: revistaoeste