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Arqueólogos fazem achado surpreendente: descobrem sistema hidráulico incomum no Rio Nilo

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O Rio Nilo disputa com o Amazonas o título de maior rio do mundo. No quesito extensão territorial, o rio africano ganha do brasileiro; desde a sua nascente, no Lago Vitória, até o Mar Mediterrâneo são 6.660 quilômetros de extensão. Descobertas arqueológicas às margens do rio acontecem com frequência. Recentemente, paredes rochosas ao longo do Rio Nilo, no Sudão, parecem representar o que os arqueólogos afirmam ser o mais antigo sistema hidráulico conhecido desse tipo.

A descoberta

De acordo com um artigo publicado no periódico científico Geoarcheology, as descobertas sugerem que as pessoas que viviam no antigo império da , localizado no norte do Sudão, manejavam o rio a seu favor havia cerca de 3 mil anos. As estruturas descobertas assemelham-se a quebra-mares, construções perpendiculares a uma costa ou margem cuja função é desviar artificialmente o fluxo de água. Segundo os pesquisadores, o Rio Amarelo, na China, costumava ter os que quebra-mares mais antigos do mundo, até a descoberta no Rio Nilo. No artigo, os arqueólogos explicam que os núbios usavam as estruturas 2,5 mil anos antes dos chineses.

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Mapa da concessão do Projeto de Pesquisa Amara West (limitado a montante e a jusante por linhas pontilhadas) e arredores, que mostra a localização da faraônica, sistemas locais de paleocanais (ilustrados por um modelo HEC-RAS de 6.000 m 3 /s de fluxo ), principais concentrações de paredes (linhas brancas) e suas designações de terreno, além de outros sítios mencionados no texto. Imagem de fundo © Bing Maps. [A figura colorida pode ser vista em wileyonlinelibrary.com ]

Por meio de dados de satélites, pesquisas locais e estudos anteriores, os pesquisadores descobriram centenas de quebra-mares às margens do Nilo no Sudão. Matthew Dalton, arqueólogo da University of Western Australia, disse: “Conversando com fazendeiros na Núbia sudanesa, também aprendemos que os quebra-mares dos rios continuaram a ser construídos até a década de 1970, e que a terra formada por algumas paredes ainda é cultivada hoje. Essa tecnologia hidráulica incrivelmente duradoura desempenhou um papel crucial ao permitir que as comunidades cultivassem alimentos e prosperassem nas paisagens desafiadoras da Núbia por mais de 3 mil anos”.

O artigo completo foi publicado no periódico científico Geoarcheology.

Fonte: revistaoeste

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