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Argentina denuncia Venezuela por prisão e sumiço de policial ao Tribunal Penal Internacional

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A formalizou uma denúncia contra a Venezuela no nesta quinta-feira, 3. O motivo foi a “detenção arbitrária e desaparecimento forçado”  do policial argentino Nahuel Gallo, acusado de terrorismo pelo Ministério Público venezuelano, em 8 de dezembro.

Em nota oficial, o governo argentino classificou a prisão como uma “violação grave e flagrante dos direitos humanos”. A detenção, diz a nota oficial da chancelaria, evidencia um padrão sistemático de crimes contra a humanidade em curso na Venezuela, “os quais claramente estão sob a jurisdição do TPI”, diz a nota. 

Nahuel Gallo, de 33 anos, foi preso na Venezuela depois de atravessar a fronteira com a Colômbia. De acordo com o governo argentino, ele ia visitar a mulher e o filho, que completa dois anos neste mês. 

Na última sexta-feira, o procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, disse que Gallo tentou entrar no país de forma irregular. Saab acusou o argentino de ocultar o “verdadeiro plano criminoso” ao alegar uma visita à família, mas não deu detalhes sobre a origem das afirmações. 

O policial argentino será acusado de conspiração e associação criminosa, conforme indicado pelo procurador, que confirmou à AFP a detenção de Gallo em Caracas.

Patricia Bullrich, ministra da Segurança da Argentina, questionou as acusações de Saab e ressaltou que o policial entrou na Venezuela legalmente. “O que foi ilegal foi a forma como ele foi sequestrado na fronteira”, disse ela. 

A chancelaria argentina também solicitou medidas cautelares à em favor de Nahuel Gallo. A petição “ressalta a arbitrariedade da detenção”, diz a nota do governo, e pede medidas urgentes para garantir a proteção do policial, ordenar sua liberação imediata e assegurar o retorno seguro dele à Argentina. 

As relações diplomáticas entre Argentina e Venezuela já estavam tensas, mas romperam-se definitivamente diante da decisão de Caracas em reação à recusa do presidente Javier Milei em reconhecer a reeleição de para um terceiro mandato consecutivo de seis anos, em julho passado. No dia seguinte ao resultado da eleição, a ditadura venezuelana expulsou os diplomatas argentinos.

Embaixada Argentina Venezuela
Embaixada Argentina Na Venezuela Foi Cercada Por Policiais | Foto: Reprodução/Facebook/Embaixada Da Argentina Na Venezuela

Desde então, o Brasil ficou responsável pela sede diplomática argentina. Assim, o país assumiu a proteção de seis opositores venezuelanos que tinham asilo na embaixada desde março. O regime chavista tentou retirar a gestão brasileira do edifício, mas o Brasil se opôs.

A prisão de Gallo aconteceu na mesma semana em que o chanceler argentino, Gerardo Werthein, exigiu, perante a Organização dos Estados Americanos (OEA), que Nicolás Maduro concedesse salvo-condutos aos asilados.

Fonte: revistaoeste

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