Após , o ministro do Trabalho francês, Oliver Dussopt, afirmou que a reforma previdenciária que aumenta a idade mínima no país de 62 para 64 anos é “inegociável”. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 1, um dia depois de mais de um milhão de manifestantes contra a propostas lotarem as ruas das principais cidades do país.
“Se não chegarmos a 64, o sistema previdenciário não atingirá o ponto de equilíbrio. O que é inegociável é a questão de retornar ao ponto de equilíbrio”, disse Dussopt em uma entrevista à France 2 Television. “A mobilização foi grande, isso deve nos levar a continuar a explicar (a medida)”.
Ao todo, cerca de , segundo números do Ministério do Interior francês. Essa participação superou o primeiro dia de greves, em 9 de janeiro, quando quase um milhão de pessoas foram às ruas.
Para os sindicatos, o governo está tentando desmobilizar a população para a implementação da reforma previdenciária. Por isso, acreditam que a solução para a situação vai ser o planejamento de greves contínuas no país, que sofre com a alta inflação deteriorando os salários dos trabalhadores.
“Acredito em greves contínuas. O governo está tentando minimizar o descontentamento. A primeira-ministra e o presidente estão nos levando a isso. Eles estão jogando cabo de guerra”, disse Philippe Martinez, líder sindical da CGT à rádio France Inter.
No final da marcha da última terça-feira,31, lideranças sindicais discursaram sobre a organização de mais greves nos dias 7 de fevereiro, uma terça-feira, e também 11 de fevereiro, um sábado, quando a maioria das pessoas não está trabalhando.
Enfrentando grande oposição da população, a reforma previdenciária proposta por Emmanuel Macron, presidente francês, tem demonstrado baixos números nas pesquisas de opinião em todo o país. Para o presidente, a medida é vital para garantir a viabilidade do sistema previdenciário.
A previsão é de que a reforma vai injetar 17,7 bilhões de euros adicionais nas contribuições anuais para pensões, o que pode “salvar”, segundo o governo, o sistema previdenciário francês, que vem combatendo um déficit nos fundos de pensão. Porém, as pesquisas de opinião mostram que a maioria dos franceses, que já não estão satisfeitos com a crise do custo de vida e a alta inflação, se opõe à medida.
Fonte: Veja