Cor do céu e do oceano, o azul também está presente em elementos da natureza que, para a maioria das pessoas, podem ser bastante estranhos. No reino animal há alguns exemplos de criaturas que exibem esta tonalidade; no entanto, a cor azul em animais não é comum, visto que o mecanismo fisiológico responsável pela produção da tonalidade não assimila com facilidade a cor. Eles podem parecer ter saído dos livros de mitologia, mas os animais azuis existem.
Há algumas espécies que, em função do consumo de alimentos que contêm a pigmentação azulada, conseguem produzir o tom nas células da pele. Confira abaixo alguns desses bichos azuis.
Dragão azul
O Glaucus atlanticus, uma espécie de nudibrânquio, é uma criatura de aparência bizarra — lembra os antigos dragões das crônicas medievais — que se alimenta da perigosíssima caravela portuguesa (Physalia physalis), criatura marinha que tem má fama por causa dos seus ferrões venenosos que podem matar peixes e, às vezes, até seres humanos. A cor azul do “dragão” serve como uma espécie de camuflagem, permitindo que a lesma do mar se misture à paisagem marinha, dificultando assim a sua localização por predadores.
Peixe-mandarim
O peixe-mandarim (Synchiropus splendidus), animal que vive nas águas do Oceano Pacífico, também é dotado da capacidade fisiológica de produzir a pigmentação azul. As células cianóforos, dotadas de organelas chamadas cianossomas, são as responsáveis pela produção da pigmentação azulada tão característica. Esta espécie de peixe é bastante procurada pelos apreciadores de aquários.
Iguana azul
Espécie endêmica da ilha de Grand Cayman, a iguana azul (Cyclura lewisi) apresenta uma das maiores expectativas de vida entre os lagartos: pode chegar a quase 70 anos. Esta espécie pode se tornar ainda mais azul conforme envelhece.
Sapo venenoso azul
Dendrobates tinctorius “azureus”, o sapo venenoso azul é uma rara espécie anfíbia encontrada nas florestas do sul do Suriname e no Norte do Brasil. Sua coloração azul alerta os predadores sobre a potencialidade venenosa do animal, fenômeno conhecido como aposematismo. A luz provoca a mudança da tonalidade azul da pele do sapo.
Gaio-azul
A produção de melanina do Cyanocitta cristata, o gaio-azul, em tese, deveria deixar suas penas escuras. Porém, minúsculos sacos de ar localizados nas penas do pássaro espalham a luz, fazendo com que elas se pareçam azuis aos olhos dos observadores humanos.
Fonte: revistaoeste