Nesta terça-feira, dia 12, véspera da aprovação pelos deputados dos Estados Unidos do projeto de lei para banir o TikTok do país, a diretora de inteligência nacional norte-americana, Avril Haines, alertou, em uma audiência na para o fato de que a China poderia influenciar as eleições presidenciais de 2024 por meio do aplicativo de mídia social.
Quando questionada pelo deputado democrata Raja Krishnamoorthi se o Partido Comunista Chinês (PCC) usaria o TikTok para influenciar as eleições em novembro, Haines afirmou: “Não podemos descartar que o PCC o utilizaria”.
Durante a mesma audiência, o diretor do FBI, Christopher Wray, também reforçou que o TikTok representa uma ameaça à segurança nacional.
“Os americanos [norte] precisam se perguntar se desejam conceder ao governo chinês a capacidade de controlar o acesso aos seus dados”, questionou Wray.
Preocupação com o TikTok nos EUA é bipartidária
Há muito tempo, os legisladores norte-americanos, tanto do lado republicano quanto do democrata, têm expressado preocupações de que o governo comunista chinês poderia acessar dados de usuários ou influenciar o que as pessoas veem no aplicativo, incluindo a promoção de conteúdo para aumentar as divisões políticas nos EUA.
O projeto de lei para banir o TikTok dos EUA foi aprovado nesta quarta-feira, 13, com 352 votos a favor e 65 contrários. O texto agora segue para votação no Senado.
O aplicativo é usado por 170 milhões de norte-americanos, o que representa pouco mais de 50% da população.
Na semana passada, o presidente Joe Biden disse que assinaria o projeto de lei, mas ressaltou que o aplicativo é popular, e conseguir a aprovação legislativa tanto na Câmara quanto no Senado em ano eleitoral poderia ser difícil.
A avaliação anual de ameaças de 2024 da Comunidade de Inteligência dos EUA, divulgada nesta segunda-feira, 11, revelou que o TikTok tem contas administradas por um braço de propaganda do governo comunista chinês e, supostamente, elas miraram candidatos de ambos os partidos políticos durante o ciclo de eleições intermediárias norte-americanas em 2022.
Fonte: revistaoeste