O governo da anunciou nesta segunda-feira, 9, um aumento de controles em todas as fronteiras do país.
Segundo o jornal alemão Bild, a ministra do Interior, , social-democrata, ordenou o aumento dos controles fronteiriços a partir de 16 de setembro.
“É importante para nós agirmos em estreita parceria com nossos vizinhos e minimizar o impacto sobre os passageiros e a vida cotidiana nas regiões de fronteira”, disse Faeser.
Os controles nas fronteiras com , , , e durarão inicialmente seis meses.
A foi notificada da decisão, que vem na sequência do atentado de um terrorista islâmico na cidade de Solingen, perto de Düsseldorf.
O governo do chanceler decretou o aumento dos controles após um intenso debate interno no país.
Muitos analistas estão prevendo impactos consideráveis sobre a livre circulação de pessoas na inteira .
Ponto de virada na política migratória da Alemanha
Este não é o único ponto de virada na política migratória da .
Durante uma entrevista no último final de semana à emissora pública Ard, o chanceler disse que será necessário repensar e rever nada menos que 20 anos de leis sobre migrações no país europeu.
Outro ponto que o governo alemão se prepara para introduzir é barrar dos imigrantes nas fronteiras.
O teria desenvolvido um “modelo de rejeição de migrantes eficiente e compatível com a legislação europeia”.
De acordo a imprensa alemã, esse modelo vai muito além das regras atualmente em vigor.
Desde outubro de 2023, mais de 30 mil pessoas já foram barradas durante os controles fronteiriços na com uso das leis em vigor.
Alemanha está enfrentando um ‘elevado fardo global’
Todas as medidas decididas pela ministra são justificadas com a “continuação do elevado fardo global da Alemanha” e com a necessidade de “proteger a segurança interna das atuais ameaças do terrorismo islâmico e da criminalidade transfronteiriça”.
Essa formulação aproxima-se muito daquilo que o líder da oposição, , propôs em um documento imediatamente após o ataque de , que deixou três mortos e oito feridos.
Naquela ocasião, também desafiou o chanceler , dizendo que, se quisesse uma reforma da política migratória — e se não conseguisse aprová-la com o atual apoio no Parlamento alemão –, a lhe ofereceria os votos das bancadas da oposição, no contexto de uma ampla aliança nacional.
Merz argumentou – citando a opinião de , um conhecido jurista, ex-presidente do – que a legislação europeia fica em segundo lugar em relação à legislação alemã quando se trata de salvaguardar a segurança e a ordem internas na .
Algumas dessas ideias parecem ter sido absorvidas pelo governo liderado pelos social-democratas.
O fato de a ministra ter informado a antes de notificar sua decisão para mostra que existe um certo grau de coordenação entre os partidos alemães.
Países europeus já se manifestaram contra a decisão da Alemanha
Contudo, não será fácil para Berlim levar a cabo esses planos.
A já respondeu que não aceitará de volta nenhum dos requerentes de asilo político que, na base do regulamento europeu, devem solicitar proteção no primeiro país da UE a que chegam.
Para a , esse movimento tem um forte impacto simbólico, mais do que prático.
O governo de já tinha implementado restrições fronteiriças com a , a , a e a .
Os que serão acrescentados no dia 16 vão atingir as fronteiras do oeste e do norte, menos problemáticos devido ao volume dos movimentos.
Fonte: revistaoeste
