Os agricultores da Europa, que com cerca de 1,3 mil produtores rurais na capital da Bélgica, vão continuar mobilizados. A categoria, que levou tratores para bruxelas, a exemplo do que têm feito outros agricultores europeus, afirmou que não houve avanço nas negociações com o governo.
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Os produtores estão com raiva — é a palavra que eles usam — do excesso de regulamentação na agricultura para atender à agenda ambiental e encarece a atividade agrícola. Em alguns casos, a produção é inviabilizada. Países da União Europeia importam alimentos para diminuir os danos ambientais. Os preços são mais baixos, e isso enfurece os agricultores europeus.
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“Queremos acabar com essas leis malucas que chegam todos os dias da Comissão Europeia”, disse à agência Reuters José Maria Castilla, agricultor que representa o sindicato espanhol de agricultores Asaja e que acompanhou as manifestações em Bruxelas. Agricultores de vários países da Europa, incluindo Holanda, Escócia, França, Polônia, Bélgica, Romênia, Itália, Espanha e Portugal, estavam na mobilização em Bruxelas.
Depois do protesto em Bruxelas, onde fica a sede da União Europeia, representantes do grupo foram recebidos pelas lideranças do bloco. Mas, segundo eles, não houve avanços, e eles prometem seguir com as manifestações. “Nenhum progresso foi feito. Agora vamos bloquear o país”, anunciou um representante sindical, segundo o Brussels Times.
UE promete apoio e estudar redução de encargos para agricultores da Europa
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse, depois da reunião, que os agricultores “podem contar com o apoio europeu” e que o governo vai trabalhar na “redução da carga administrativa”.
Durante o protesto de quinta-feira, os agricultores bloquearam ruas da capital belga, jogaram pedras e ovos nos prédios administrativos da União Europeia, acenderam fogueiras, lançaram fogos de artifício, despejaram esterco e derrubaram uma estátua.
Os protestos de agricultores começaram há várias semanas e se intensificaram há cerca de 15 dias. Na França, desde a semana passada, milhares de fazendeiros fazem atos em diversas cidades. Na segunda-feira 29, eles chegaram a Paris. Na quinta 1º, disseram que vão parar com os bloqueios, depois de o governo francês divulgar uma série de medidas para favorecer a classe, incluindo uma rejeição ao acordo UE–Mercosul.
Fonte: revistaoeste