Depois de 25 anos de negociações, Mercosul e União Europeia fecharam um acordo de livre comércio. A parceria foi firmada durante reunião dos presidentes dos países do Mercosul e líderes dos blocos na cúpula do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai.
Porém, há ainda burocracias a resolver, como a revisão jurídica dos textos aprovados. Só aí, o acordo será, finalmente, assinado. O documento precisa ser aprovado pelo Conselho Europeu (27 chefes de Estado ou de governo) e Parlamento Europeu (720 votos).
Mas o anúncio, entretanto, mexeu com o cenário internacional. Analistas econômicos afirmam que, com o presidente Donald Trump no poder nos EUA, é possível que ele ameace com retaliações por atingir diretamente interesses dos norte-americanos.
Vitória coletiva
O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia deve reduzir as tarifas de importação e exportação entre os dois blocos. O que na prática significa diminuir os preços de vários produtos que chegam ao consumidor. Ou seja: é possível que muitas mercadorias fiquem mais baratas.
“A realidade geopolítica e econômica global nos mostra que a integração fortalece nossas sociedades, moderniza nossas estruturas produtivas e promove nossa inserção mais competitiva no mundo”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o “acordo com Mercosul é vitória para Europa”. “Esta é a realidade de um acordo que economizará 4 bilhões de euros em taxas de exportação por ano para empresas da União Europeia”.
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O que deve mudar
Com o acordo entre Mercosul e União Europeia, a expectativa é ampliar as parcerias em vários campos de atuação:
Resistências de alguns
No entanto, na Europa, há países, como a França contrários ao acordo. A resistência é provocada, sobretudo pelo medo de prejuízos aos agricultores franceses – os mais organizados e proporcionalmente mais fortes da União Europeia.
Para os franceses, há risco de concorrência desleal. Também afirmam que a produção vinda do Mercosul não é submetida ao rigor da União Europeia.
Outro desafio vencido é que, embora parte dos temas resolvida em 2019, quando os dois blocos conseguiram alcançar um acordo inicial, era preciso passar por validação, como a ratificação dos parlamentos de todos os países envolvidos, segundo a Presidência da República, G1 e R7.
Fonte: sonoticiaboa