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A presença da China na Ásia Central é intensificada após ausência da Rússia e plano ambicioso de Xi Jinping – A importância da Ásia Central para a estratégia chinesa

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O presidente da China, Xi Jinping, anunciou nesta sexta-feira, 19, um grande plano para o desenvolvimento da Ásia Central, incluindo a construção de infraestruturas e aumento do comércio. Com o novo planejamento, o líder chinês vai assumir um papel de liderança em uma região que tradicionalmente era ponto de influência russa. 

Em um discurso na Cúpula China-Ásia Central, Xi afirmou que Pequim está pronto para coordenar estratégias de desenvolvimento com Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão e promover a modernização de todos. 

“Esta cúpula acrescentou um novo ímpeto ao desenvolvimento e revitalização dos seis países e injetou forte energia positiva na paz e estabilidade regional”, disse Xi. “Iremos promover em conjunto um novo paradigma de cooperação em que todos saem ganhando, profundamente complementares e de alto nível”.

Com a Rússia distraída pela Guerra na Ucrânia e a retirada das forças armadas dos Estados Unidos do Afeganistão, a China se encontra em uma posição vantajosa para criar influência na Ásia Central.  

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Os cinco países, todos ex-repúblicas soviéticas, possuem uma rede de corredores comerciais e podem oferecer à China rotas alternativas para transportar combustível, alimentos e outras commodities em caso de interrupções em outros lugares. 

As novas promessas de apoio e cooperação na cúpula asiática contrastam com a imagem negativa colocada na cúpula do Grupo dos Setes (G7), que reúne os sete países mais industrializados do mundo, no Japão neste fim de semana. Além disso, o apoio chinês à Ásia Central aparenta ser um contrapeso às acusações dos EUA. 

De acordo com Xi, a China e os países da Ásia central devem aprofundar a confiança e oferecer apoio a interesses centrais como soberania, independência, dignidade nacional e desenvolvimento de longo prazo. Ele não fez nenhuma menção sobre a Ucrânia, que também fazia parte da União Soviética.

Para além do novo grande plano, a China também vai atualizar acordos bilaterais de investimento, aumentando o volume de frete transfronteiriço com a região. Segundo o presidente chinês, isso vai incentivar as empresas financiadas pela China na Ásia Central a criar mais empregos, construir armazéns e lançar um serviço ferroviário especial destinado a promover o turismo.

“Para reforçar nossa cooperação e o desenvolvimento da Ásia Central, a China fornecerá aos países da Ásia Central um total de 26 bilhões de yuans [US$ 3,8 bilhões] em apoio financeiro e doações”, disse Xi.

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No ano passado, o comércio bilateral entre a China e a Ásia Central atingiu um recorde de US$ 70 bilhões, com o Cazaquistão ficando em primeiro lugar com um comércio de US$ 31 bilhões. Ao mesmo tempo, a China ainda busca vínculos mais profundos para garantir maior segurança alimentar e energética.

A a Linha D do gasoduto China-Ásia Central também deve ser acelerada, informou Xi. Também à pedidos dele, a China e a Ásia Central devem aumentar o comércio de petróleo e gás, desenvolver a cooperação energética em todas as cadeias industriais e impulsionar a cooperação em novas energias e no uso pacífico da energia nuclear.

Em um plano de longo prazo, a China apoia a construção de um corredor de transporte internacional por meio do Mar Cáspio, uma medida que fortaleceria a construção de centros de transporte dos serviços ferroviários de carga China-Europa.

Fonte: Veja

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