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10 lições para lidar com o vício

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No livro Nação Dopamina, Anna Lembke explora as novas descobertas científicas que explicam por que a busca incansável do prazer leva à dor. A especialista mostra também como as populações vivem em uma época de acesso sem precedentes a estímulos de alta recompensa e alta dopamina: drogas, comida, notícias, jogos de azar, compras, jogos, mensagens de texto, aplicativos de relacionamento e redes sociais.

A autora lista, no fim da obra, dez reflexões sobre o problema do vício:

1) A busca incessante do prazer leva ao sofrimento;

2) A recuperação começa com a abstinência;

3) A abstinência reconfigura o circuito de gratificação do cérebro e, com ele, a capacidade de sentir alegria nos prazeres mais simples;

4) O autocomprometimento cria uma distância (literal e metafórica) entre o desejo e o consumo;

5) Os medicamentos podem restaurar a homeostase (habilidade de manter o organismo em equilíbrio), mas pense no que perdemos ao eliminar nosso sofrimento com remédios;

6) Pender um pouco para o lado do sofrimento reconfigura nosso equilíbrio para o lado do prazer;

7) É preciso estar atento para não se tornar dependente do sofrimento;

8) A honestidade radical impulsiona a conscientização, amplia a intimidade e favorece uma mentalidade farta;

9) A vergonha confirma que pertencemos à tribo humana; e

10) Em vez de fugir do mundo, podemos encontrar escapatória ao mergulhar nele.

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Livro Nação Dopamina | Foto: Divulgação

“Os vícios podem se tornar a causa da dor”

Em artigo publicado na da Revista Oeste, Ana Paula Henkel escreve sobre o assunto. “A Dra. Lembke é diretora médica de medicina da Universidade de Stanford e chefe da Clínica de Diagnóstico Duplo da Stanford Addiction Medicine”, resume. “E relata que seus pacientes que lutam contra o abuso de substâncias geralmente acreditam que seus vícios são alimentados por depressão, ansiedade e insônia. Mas ela afirma que o oposto costuma ser verdadeiro: os vícios podem se tornar a causa da dor — não o alívio dela.”

Essa explicação é plausível porque o comportamento desencadeia, entre outras coisas, uma resposta inicial da dopamina, que inunda o cérebro de prazer. No entanto, uma vez que a dopamina passa, a pessoa geralmente se sente pior do que antes: “Eles começam a usar a droga para se sentirem bem ou sentirem menos dor”, constata Lembke. “Com o tempo, com a exposição repetida, essa droga funciona cada vez menos. Mas eles se veem incapazes de parar, porque, quando não estão usando, ficam em estado de déficit de dopamina.”

A dopamina é um neurotransmissor que envia sinais de um neurônio para outro e é provavelmente o neurotransmissor mais importante em nossa experiência de prazer, motivação e recompensa. Assim, a dopamina é o caminho final comum para todas as experiências prazerosas, intoxicantes e gratificantes. O smartphone, por exemplo, é a agulha hipodérmica moderna, fornecendo dopamina digital 24 horas por dia, sete dias por semana, para uma geração conectada.

Fonte: revistaoeste

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