Foi no topo do Edifício Martinelli, no centro histórico de São Paulo, que João Pimenta desfilou a sua coleção na tarde deste domingo (14), data que marca o encerramento da 57ª edição da SPFW.
Indo além da alfaiataria, que segue como carro-chefe da marca, o estilista trouxe outras categorias de vestuário, incluindo calças cargos e soltas, camisas polo, camisetas estampadas e bermudas.
À CNN, João explicou o seu desejo de levar a marca para o universo do streetwear.
“Eu quis trabalhar um pouco essa questão da rua dentro do meu trabalho. Como eu tenho dificuldade em criar looks mais simples, trabalhei uma história de sobreposição de roupas. Então, os looks crescem ao longo do desfile”, contou.
Além disso, a coleção também carregou uma importância extra para o artista: a parceria com o movimento “Sou de Algodão” que, desde 2016, pauta a consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável.
“Eles me trazem esse respaldo de matéria-prima. Hoje, uma das grandes dificuldades do meu trabalho é ter o design bacana, mas com matéria-prima sempre arrojada. Aqui, tentei trabalhar o algodão e outros tecidos mais simples, onde eu consigo fazer reproduções”, acrescentou.
Democratização da moda
Transitando pelo rosa velho, tons de bege, cinza, a cartela de cores também faz uma alusão à locação do desfile. O tie-dye e as estampas xadrezes, por exemplo, consagram o clima urbano, juntamente com os óculos e calçados da Oakley.
“Escolhi esse espaço primeiro porque eu queria estar no centro da cidade. Acho que o centro é um lugar que reúne todo mundo e eu tenho uma vontade muito grande democratizar a minha marca”, afirmou.
“Eu trabalho com um segmento que é um pouco mais fluído e para eu incluir essas pessoas, eu acabei excluindo outras, então essa coleção tem o desejo de incluir a todos, por isso o centro foi a minha escolha”, explicou.
Para João, estar no prédio histórico foi como um sonho realizado.
“Quando cheguei em São Paulo foi o lugar que mais me impressionou. Era uma locação que antes se apresentava como algo inatingível. No entanto, com esse projeto de restauração de centro e de trazer as pessoas as pessoas para cá, acho que ele abraça o meu desejo pela rua”, refletiu.
“Hoje, a gente também faz parte desse momento de centenário”, finalizou.
Claudia Liz, ícone da moda na década de 90
Na passarela, quem também chamou a atenção foi a ex-top model Claudia Liz.
Aos 54 anos, ela marcou presença no desfile, atravessando o o arranha-céu paulistano com dois looks diferentes.
Fonte: cnnbrasil