o novo documentário Faces of Music, realizado pela Sephora dos Estados Unidos em parceria com o serviço de streaming Hulu, o propósito é celebrar a conexão entre o mundo da música e o da beleza. Para isso, foram lançados nesta quarta-feira (22) três episódios em que , e Victoria Monét reproduzem maquiagens que viraram sua marca registrada enquanto falam sobre carreira, identidade e como usam da beleza para amplificar suas vozes na música.
Chappell Roan recria o look da capa de The Rise and Fall of a Midwest Princess, seu álbum de estreia que mudou o curso de sua vida ao viralizar com músicas como Hot to Go, Pink Pony Club e Red Wine Supernova. Durante conversa íntima, ela recorda, por meio de uma maquiagem que usava na pré-adolescência, quando começou a perceber que era uma pessoa queer.
“Teve um ano em que eu fazia uma maquiagem bem colorida. Era no sétimo ano. E foi o mesmo ano em que o pensamento ‘Eu gosto de garotas?’ me tomou. ‘Talvez eu goste de garotas. O que isso significa? Não, eu não vou pensar sobre isso por muito tempo.’ Porque eu pensava que, já que nenhum garoto gostava de mim, eu com certeza era lésbica. […] Essa não era uma conversa que eu poderia ter na minha cabeça, porque eu era cristã, então havia um medo dentro de mim quando se tratava de ser queer.”
Chappell Roan shares an experience when she was in 7th grade discovering her queerness via Sephora x Hulu’s Faces of Music:
“It sat with me for a second… ‘cause I was Christian, so there was a deep-seated fear for me when it came to queerness.” pic.twitter.com/QYDnkwcw4z
— Chappell Roan Philippines (@chappellroanPH) January 22, 2025
Em outro momento do papo, a cantora de 26 anos comenta como sua identidade na moda e na beleza criou um espaço seguro para seu público nos shows. Ao citar como referência, Chappell Roan revela que se inspirou nela e em outros artistas para desenvolver sua própria atmosfera e, assim, fazer com que as pessoas fossem reconhecidas como seus fãs a partir da maquiagem e da roupa que estivessem usando.
“Eu sou muito inspirada por artistas que criam ecossistemas para seus projetos. Não apenas nos palcos, mas para a sua comunidade. […] Eu uso looks muito específicos nos meus clipes e em cada capa de single. Eu meio que criei um mundo em que as pessoas poderiam referenciar e se vestir como parte do meu mundo.”
Apesar de não ter certeza de que essa proposta daria certo, o público começou a entrar na brincadeira e a incorporar códigos de sua estética para ir aos shows. “No meu primeiro show como headliner, eu disse que seria temático de Pink Pony Club, e as pessoas aderiram”, lembra, referindo-se aos looks com chapéus e brilhos que remetem ao clipe da música. “Depois, para o Bowery Ballroom em Nova York, eu escolhi My Kink Is Karma, e as garotas também vieram.”
Chappell ressalta que o importante é que as pessoas curtem o processo de se vestir para os shows e que isso faz parte de uma busca por momentos de alegria durante tempos difíceis.
“As pessoas só querem se divertir. O mundo está tão difícil agora, e eu acho que as pessoas só estão desesperadas para se sentirem felizes por uma hora e meia. E eu acho que ter drags locais abrindo os shows é falar tipo: ‘Olha, existem drags na sua cidade, existem pessoas trans na sua cidade, têm pessoas gays aqui que você nem conhecia’. Isso traz alegria para um ambiente em que não existia alegria antes. Drag queens fazem isso. Pessoas gays fazem isso. Elas trazem alegria para um lugar que era vazio antes. E o meu objetivo é criar a música de fundo para isso”, afirma no documentário.
“Isso traz alegria em uma sala onde não havia alegria antes. Drag queens fazem isso. Gays fazem isso. Elas trazem alegria para um lugar onde havia vazio antes. E meu objetivo é apenas criar a música de fundo para isso.”
— Chappell para o Faces of Music
pic.twitter.com/djSO696EVm— Chappell Roan Brasil (@chappellroanbr) January 22, 2025
No Brasil, os conteúdos originais da Hulu costumam ir para a Disney+. Vamos torcer para que possamos assistir aos episódios de Face of Music em breve por aqui!
Fonte: capricho