A UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), em parceria com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), lança o projeto “Canteiro-modelo de conservação em Cuiabá (MT)”, que consiste em oferecer assistência técnica gratuita para moradores que vivem em áreas tombadas de cidades históricas, como é o caso da capital mato-grossense.
Podem participar moradores e proprietários de imóveis dessas áreas que tenham renda familiar de até 3 salários mínimos e que tenham interesse em restaurá-los.
O evento de lançamento será nesta quinta-feira (28), a partir das 8h, no Teatro da UFMT. A entrada é gratuita e aberta a todos os interessados.
O projeto tem o objetivo de preservar o Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico de Cuiabá, popularmente conhecido como Centro Histórico e tombado no âmbito federal, além de fomentar a qualificação da mão de obra local, já que as obras são feitas em parceria com as Instituições de Ensino Técnico e Superior Federais e ainda apoiadas pelas prefeituras municipais.
Com investimento de R$ 5,5 milhões, o Canteiro-Modelo de Conservação é resultado de TED (Termo de Execução Descentralizada) firmado entre o Iphan e a UFMT.
Juntas, as instituições prestarão assistência na restauração de imóveis localizados em conjuntos tombados e habitados por famílias de baixa renda.
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Centro Histórico
A coordenadora geral do projeto e docente na Universidade, Luciana Mascaro, explica que ele mobiliza alunos, pesquisadores, servidores, professores e grupos sociais interessados no patrimônio cultural em torno de canteiros de obras de conservação, reforçando suas vocações e responsabilidades.
Segundo ela, desde 2017, o Iphan discute e avalia a aplicabilidade desses Canteiros Modelos e, em 2023, assume a tarefa de consolidar 14 ações estratégicas em 17 municípios brasileiros.
A UFMT, via Faculdade de Arquitetura e o Departamento de Arquitetura e Urbanismo desenvolvem esse projeto que contempla também, dentro dos objetivos da ação, capacitação de profissionais sobre técnicas e práticas de conservação de edificações inseridas em área de tombamento.
Ainda de acordo com a coordenador, a possibilidade de formar profissionais é muito bem-vinda, pois a disponibilidade de trabalhadores que conheçam e sejam capazes de atuar nos sistemas construtivos tradicionais (que envolvam terra crua, por exemplo) está cada vez mais rara.
Fonte: primeirapagina