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Polêmica: Bebê em teatro de Campo Grande gera debate e repercussão

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O que deveria ser apenas um programa cultural, se transformou em episódio polêmico em , devido à presença de um bebê de 9 meses em uma peça teatral, no recém inaugurado Teatro Aracy Balabanian, na noite de quinta-feira (11).

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Cenário Da Peça “Todo Redemoinho Começa Com Um Sopro” (Foto: Whats App)

A estudante de pedagogia Lohanna Lima, de 25 anos, foi assistir à peça “Todo Redemoinho Começa Com Um Sopro” com seu filho no colo, e disse ter sido surpreendida com a proibição de entrada pelo diretor da peça, alegando que a presença da criança poderia causar perturbação.

Após uma conversa com o diretor Nill Amaral, ela conseguiu entrar com o bebê, com a condição de que ambos sairiam da sala se houvesse choro. Quando o neném começou a ficar agitado, o diretor teria pedido ela saísse. Segundo a mãe, a criança não chorava.

Lohanna afirma que se sentiu constrangida e decidiu sair do lugar, declarando isso aos presentes. Ela, inclusive, disse que faria registro de boletim de ocorrência na Polícia Civil.

A reportagem conversou com duas pessoas que estavam no público, que pediram para não ser identificadas, e a informação dada é de que houve desconforto generalizado com a situação.

O que diz o diretor

A reportagem entrou em contato com o diretor Nill Amaral para comentar a situação.

Segundo ele, houve falha na verificação da classificação indicativa por parte da espectadora e por isso foi oferecida à mãe a oportunidade de assistir à peça em outro momento, sozinha. Ele também expressou a disposição da companhia em criar sessões adaptadas para , visando o conforto das mães.

“Esclarecemos que o espetáculo é recomendado para maiores de 12 anos, conforme divulgado em nossos canais de comunicação. Após questionamento de uma espectadora devido à presença de uma criança de dois anos, oferecemos a ela a oportunidade de assistir ao espetáculo em outro dia e horário. Além disso, discutimos a possibilidade de criar espaços e parcerias para atender melhor o público de mães e bebês, considerandos aspectos como iluminação, climatização e volume do som. Estamos comprometidos em promover uma experiência positiva para nosso público e em abrir um diálogo sobre questões relevantes como essa”.

Nil Amaral, diretor da peça.

Centro Jose Octavio
Teatro Aracy Balabanian fica localizado no complexo do Centro Jose Octavio (Foto: Melo)

Nil negou que tenha agido de forma a coagir a mãe, como ela alegou. Segundo ele, conversou com a mãe devido ao incômodo causado pelo choro da criança e que ela optou por sair. Ele reiterou o compromisso da companhia em promover uma experiência positiva para o público e abrir diálogo sobre questões relevantes.

“De forma alguma ocorreu coação de alguém, espectadores reclamaram do choro da criança e fui conversar com essa mãe que por estar com um bebê chorando, decidiu por sair do local. A ‘Cia Ofit’ se colocou à disposição para pensarmos em sessões ambientadas para bebês, pensando também no conforto dessas mães.”

Nil Amaral, diretor da peça.

O Primeira Página entrou em contato com a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, responsável pelo centro Cultural José Octavio Guizzo, onde fica o Teatro Aracy Balabanian. A informação é de que os organizadores das peças são os responsáveis integrais.

Ainda assim, segundo a fundação, haverá reuniões para disciplinar o tema.

“A coordenação do Centro Cultural José Octavio Guizzo e a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul não se responsabiliza pelas apresentações das peças de teatro com o Teatro Aracy Balabanian cedido aos grupos, essa responsabilidade é total das Cias que se apresentam, mas diante desse fato faremos reuniões internas para que sejam respeitadas as classificações indicativas das peças e também em determinados momentos, sugerir aos grupos de teatros sessões especiais, com toda a acessibilidade necessária em casos especiais, além da que já tem no teatro, para que cada vez mais trabalharmos a inclusão da sociedade para acesso à cultura.”

Nota da Fundação de Cultura

Teatro Sopro
Cartaz da peça “Todo Redemoinho começa com um sopro” (Foto: ção)

Peça

A peça “Todo Redemoinho começa com um sopro” estará em cartaz nos dias 11, 12 e 13 de abril, no Teatro Aracy Balabanian, recentemente reinaugurado. As sessões serão gratuitas, às 20h, com ingressos distribuídos meia hora antes ou reservas pelo Sympla.

A escolha do teatro pela Cia OFIT reflete sua para o teatro local, onde já realizaram diversos espetáculos.

A peça aborda a história de uma casa que guarda memórias esquecidas, enquanto para a atriz Karine Araújo, fazer parte do elenco é uma nova experiência artística, diferente de seus trabalhos anteriores com a companhia.

Fonte: primeirapagina

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