Conhecida pela tradição cristã como o dia do nascimento de Cristo, o Natal, celebrado no dia 25 de dezembro, é uma data que abre espaço para diversas culturas. Dentre as festividades, que podem ser feitas a próprio modo e conforme a própria religião, o amor, a paz e a esperança, para além das diferenças, devem ser os sentimentos dominantes, conforme diz a tradição natalina.
Tradicionalmente conhecido pelas decorações, o Natal, para os cristãos, é marcado pelo presépio que simboliza o momento do nascimento de Cristo. Na ocasião, estão reunidos, além dos pais adotivos de Jesus Cristo, Virgem Maria e São José, uma manjedoura vazia, esperando a chegada do menino salvador, as ovelhas e os três reis magos.
Para o padre Alex Messias, tudo na cena tem um significado. “Os três reis magos vão ofertar os presentes como ouro, incenso e mirra. Os reis magos representam a astrologia, a ciência e os povos, que reconhecem naquele menino algo divino. A estrela no alto remete ao sinal no céu, que guiou os reis magos até o estábulo e é este símbolo que também está nas árvores de Natal”, destaca o padre.
Conforme ainda avalia o padre Alex Messias, a cor verde também traz uma associação simbólica à tradição cristã, a partir da árvore-de-natal. “O pinheiro, curiosamente, é uma das árvores que mais resiste ao inverno e permanece com as suas folhas verdes. Isso, para nós, significa que no Natal, Cristo é essa esperança que nunca nos abandona”, afirma.
Cultura umbandista
Apesar de ser uma data cristã, o Natal também é celebrado em diferentes culturas e religiões. Na umbanda, por exemplo, o dia 25 de dezembro marca o dia de Oxalá, o orixá da paz. A divindade é representada por uma imagem do próprio Cristo. Afinal, ao surgir no século 20 (XX) com raízes de matriz africana, a religião misturou outras, sendo uma delas, o catolicismo.
O sacerdote umbandista, pai Éverton de Ogum, explica como é entendida a data para a religião. “A gente tem Jesus Cristo como Oxalá dentro da nossa religião e esse seria o dia de nascimento de Oxalá, que para nós é uma divindade que simboliza a paz. Nos terreiros, os santos conhecidos na religião católica são chamados de orixás”, revela o umbandista.
Veja como fica na conversão entre religiões:
- Jesus Cristo se transforma em Oxalá;
- Santos se transformam em Orixás;
- São Jorge, por exemplo, se torna Ogum e;
- Santa Bárbara se torna Iansã.
Fonte: primeirapagina