Uma mostra que, além de apresentar obras de renomados artistas plásticos de Cuiabá, também conta a história da geração anos 80 e do Ateliê Livre que foi a mola propulsora para os trabalhos locais. O Ateliê Livre funcionou no Palácio da Instrução, de 1976 a 1982.
Idealizado e materializado por mulheres, a primeira-dama do Estado (na época), Maria Lygia de Borges Garcia, pela animadora e crítica de arte, Aline Figueiredo e pela pintora Dalva de Barros, que foi a orientadora dos alunos, o local ocupou umas das salas térreas do Palácio da Instrução e representou um marco na história das artes plásticas de Mato Grosso.
Os novos artistas que saíram do Ateliê passaram a levar o nome de Mato Grosso para o Brasil, para o mundo, e alguns deles se engajaram no movimento Geração 80, que surgiu primeiramente no Rio de Janeiro, com características estéticas criativas e de contestação política, inerentes ao que se vivia no Brasil que agonizava nos últimos anos da Ditadura Militar.
Ateliê Livre porque seria, como realmente foi, o local de ensino gratuito, aberto a todos que o procuravam, sem distinção, sem qualquer custo aos frequentadores que receberam os insumos para desenhos e pinturas.
A mostra, que foi aberta nessa quinta-feira (23), segue até 30 de agosto de 2024, na Galeria Arto, que fica na Avenida Dom Bosco, nº 1776, em Cuiabá. O evento é de graça.
O trabalho tem a curadoria do artista Gervane de Paula e do próprio galerista, José Guilherme Barbosa Ribeiro. Além da mostra de artes, serão realizadas rodas de conversas sobre o tema, durante o período do evento.
Fonte: primeirapagina