Durante o evento Ateliê Aberto, Caboco propõe um debate crítico em torno da figura de Makunaima e suas relações com os processos de colonialidade. Além disso, também haverá feira de artigos indígenas.
Ao lançar a obra, Gustavo Caboco propõe uma conversa com netos e netas de Duwyd (o Makunaima para o povo Wapixana). A obra é resultado da pesquisa visual e ensaística do artista Gustavo Caboco Wapichana em torno da figura de Makunaima.
Ele explica que Mário de Andrade popularizou o herói Macunaíma, que se confronta com uma injustiça histórica corporificada em Makunaimã, o avô dos Wapixana.
“Se de um lado, o cinema, as artes, o teatro, a música e a academia buscam se inspirar nesse debate desde uma perspectiva modernista, do outro temos pouco contato com iniciativas indígenas que nascem dos netos e netas diretos de Duwyd-Makunaima. Mas por que Duwyd está longe de nós? Makunaima é Duwyd? Roteiros para Makunaimar vol. 1 nasce como uma articulação para nos lembrar do nosso direito à anterioridade no tempo de Duwyd: nós nas histórias de nossos antigos”, explica Gustavo.
“Roteiros para Makunaimar” vol. 1 é o sexto livro escrito pelo artista, que foi autor convidado na FLIP 2023, Curador do Pavilhão Brasileiro na última Bienal de artes de Veneza. Além de ser dono de um conjunto de exposições individuais em contexto nacional e internacional.
O ‘Ateliê Aberto’ faz parte da programação da Casa Vituká. A Casa abriu definitivamente suas portas com um espaço físico fixo em novembro de 2024, é um espaço de formação artístico-cultural, com ênfase em três linhas de trabalho: 1. Compartilhamento dos conhecimentos indígenas fomentando a Lei 11.645/08; 2.Formação de jovens e mulheres para o bem viver e melhoria do seu entorno na cidade através da produção cultural; 3. Oferecer às indígenas, formação para atuarem no setor artístico-cultural.
Onde: Casa Vituká, rua T-5, n 15, bairro Parque Cuiabá
Quando: sábado (8), às 16h
Para informações: 65 9202-8996 [Michele/Produtora]
Fonte: leiagora
