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Arte urbana em MS: artistas mexicanos eternizam histórias ferroviárias

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Três muralistas mexicanos estão realizando o sonho de morar – mesmo que brevemente – no Brasil e, de quebra, ainda têm contribuído para eternizar a história da ferrovia em Mato Grosso do Sul nas paredes de um importante espaço cultural e artístico de Campo Grande: o ateliê e Museu de Arte Urbana “Casa Amarela”, na região da antiga Estação Ferroviária.

Dack eterniza história de “mulher passarinho” em muro da Capital sul-mato-grossense (Vídeo: Julisandy Ferreira)

Com passagens pela Colômbia, Guatemala, Holanda, Portugal, França, Costa Rica e Nicarágua, o muralista Diego Adolfo Rodriguez, de 30 anos, é um dos artistas. Ao Primeira Página, “Diego Gato”, como é conhecido artisticamente, garantiu que o “calor” e a receptividade do brasileiro são grandes diferenciais.

“Ninguém nunca nos tratou tão bem quanto o Brasil”, destacou.

Autor de uma das obras estampadas no começo paredão localizado na avenida Mato Grosso, esquina com a avenida Ernesto Geisel, o artista foi responsável por eternizar a história de um amor proibido.

Quem explica o romance, agora estampado no muro, é Guido Drummond, sócio-fundador da Casa Amarela. Para ele, o enredo é digno de filme.

“Provavelmente foi a história de amor mais romântica e cinematográfica dessa estação de trem de Campo Grande. Eles combinaram de se encontrar na estação, mas, sabe-se lá por qual motivo, ele não apareceu”, revelou Drummond.

No entanto, o desfecho se mostra surpreendente. “Daniela estava indo embora muito triste. Quando o trem começou a sair da estação, estava em andamento, ela ali toda jururu, ouviu o nome dela sendo gritado para fora e, quando ela olha, tem um rapaz gritando: DANIELA, DANIELA!”

Para a alegria dos românticos, a história tem final feliz. “Ela saltou do trem, largou as coisas delas todas lá e o resultado disso foi um casamento, três filhos, e uma viagem ‘muito louca’ para São Paulo a bordo de um Landau V8”, destacou bem humorado Drummond.

Antes do desfecho que teve como testemunha a ferrovia, como forma de conquistar a moça, que na época namorava outro rapaz e era sua funcionária, o romântico havia comprado o Landau V8 e colocado uma música de Roberto Carlos para tocar repetidamente. “Estou amando loucamente, a namorada de um amigo meu”.

Casa Amarela em novos tons

Em maio, o espaço foi responsável por organizar a 1ª autorização a nível de Brasil para pintar um muro de um patrimônio arquitetônico, por meio de chamamento. O projeto “Memórias do Trecho” reuniu 31 artistas na 1ª fase, para contar histórias felizes e marcantes de ferroviários e familiares.

Nesta 2ª fase o projeto se volta a “Memórias Delas no Trecho”. O segundo mural, pintado pela artista Kenia Rayon de la Luz, de 26 anos, a “Kemagenta”, conta a história de Madalena, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Por fim, David Alvizo Cárdenas, também chamado artisticamente de Dack, de 33 anos, fala em vídeo ao Primeira Página, sobre a sensação de retratar a história de uma moça, que por suas roupas monocromáticas, recebia alcunhas de passarinho quando passava pela estação. Quando estava toda de amarelo, era chamada de Canário, quando estava toda de verde, era chamada de Papagaio e, assim por diante. (Assista o vídeo no início da matéria).

Fonte: primeirapagina

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