Você já reparou, por exemplo, na semelhança entre a coroa de flores e a guirlanda? A comparação não tem o objetivo de ser sombria, nada disso. Ao contrário, a explicação é bem singela e carinhosa. Padre Alexandre Umbelino, da Congregação Orionitas, explica que na Idade Média era costume dar uma coroa tanto no nascimento, quanto na morte, como forma de celebrar e homenagear o ente querido.
Neste sentido, a guirlanda celebra e representa o nascimento de Jesus. Portanto, é um presente para aquele que vai nascer e trazer a luz.
Outros símbolos natalinos
O padre explica também que tradição de montar a árvore tem origem mais forte entre os cristãos evangélicos, do que entre os católicos. Martim Lutero foi adepto da árvore de natal.
“Esse costume, anteriormente, era tido como pagão e tem a ver com o solstício de inverno, que ocorre na Europa, por isso, era chamada a ‘Festa da Escuridão’, assim colocavam vela e aí tinham os rituais que, em princípio, também eram considerados pagãs”.
A cultura foi adaptada, digamos assim, com o nascimento de Jesus que, no cristianismo, é a luz que vem de Deus, àquele que nos ilumina. Neste caso, a árvore iluminada se tornou símbolo de fé em Cristo.
No caso dos cristãos católicos, a árvore é montada e fica pronta no 1º domingo do Advento, que é um tempo litúrgico da igreja. É composto por quatro semana de reflexões sobre a chegada de Jesus.
Segundo ele, a estrela também representa a luz que vem de Jesus. “Ocorre que, no período Romano, havia o culto ao Deus Invictus, que era a imagem de um jovem, em uma carruagem. Acima da cabeça dele tinha o sol e ele apontava para o oriente. Ele era considerado o Deus do Sol e da Luz”, explicou o padre.
Com o nascimento Jesus, Ele passa a ser a luz, por isso a estrela no topo da árvore. E ela também faz uma alusão à estrela que guiou os reis magos até o tabernáculo onde estava a Sagrada Família: Jesus, Maria e José.
O natal no Candomblé
Segundo o Babá Kekere Fabio Deola, no candomblé, que é uma religião de origem africana, não existe a figura de Cristo, sendo assim, religiosamente, o natal não é celebrado e os símbolos citados anteriormente também não têm um significado expressivo dentro da doutrina.
No entanto, alguns seguidores do candomblé no Brasil cresceram com a cultura do natal. Por isso, no âmbito pessoal, eles mantêm a tradição sem nenhum prejuízo para a religião.
“Temos árvores de natal na nossa casa e todos os enfeites alusivos ao tema, fazemos festas, mas isso não tem uma base religiosa, mas uma cultura pessoal”, comentou ele.
Na Umbanda, que também tem origem africana, não há nenhuma referência aos símbolos natalinos. Entretanto, ocorre o mesmo que no candomblé: aqueles que cresceram dentro da cultura de celebração do natal continuam mantendo-a em suas casas.
E para você, o que o natal significa e a importância dos símbolos que ele traz?
Fonte: primeirapagina
