No mundo literário de Lima Barreto, somos conduzidos a refletir sobre a vida e esse poema irá tocar seu coração profundamente.
Em seus poemas, o escritor retrata a vida em sociedade e muitos aspectos humanos, o que faz dos seus textos inspirações. Descubra a seguir um dos poemas mais marcantes do autor.
Poema “Porque, quando você se casar” de Lima Barreto
Casar, para ela, não era negócio de paixão, nem se inseria no sentimento ou nos sentidos; era uma ideia, uma pura ideia.
Aquela sua inteligência rudimentar tinha separado da ideia de casar o amor, o prazer dos sentidos, uma tal ou qual liberdade, a maternidade, até o noivo.
Desde menina, ouvia a mamãe dizer: “Aprenda a fazer isso, porque quando você se casar”… ou senão: “Você precisa aprender a pregar botões, porque quando você se casar…”
A todo instante e a toda hora, lá vinha aquele — “porque, quando você se casar…” — e a menina foi se convencendo de que toda a existência só tendia para o casamento.
A instrução, as satisfações íntimas, a alegria, tudo isso era inútil; a vida se resumia numa coisa: casar.
De resto, não era só dentro de sua família que ela encontrava aquela preocupação. No colégio, na rua, em casa das famílias conhecidas, só se falava em casar. “Sabe, Dona Maricota, a Lili casou-se, não fez grande negócio, pois parece que o noivo não é lá grande coisa”; ou então: “A Zezé está doida para arranjar casamento, mas é tão feia, meu Deus!…”
A vida, o mundo, a variedade intensa dos sentimentos, das ideias, o nosso próprio direito à felicidade, foram parecendo ninharias para aquele cerebrozinho; e, de tal forma casar-se se lhe representou coisa importante, uma espécie de dever, que não se casar, ficar solteira, “tia”, parecia-lhe um crime, uma vergonha.
De natureza muito pobre, sem capacidade para sentir qualquer coisa profunda e intensamente, sem quantidade emocional para a paixão ou para um grande afeto, na sua inteligência a ideia de “casar-se” incrustou-se teimosamente como uma obsessão.
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Um poema sobre a vida e seus propósitos
A protagonista do poema, desde a infância, é bombardeada com a ideia de que sua existência se resume a preparar-se para o casamento.
Na verdade, as instruções maternas, as conversas no colégio, os comentários sociais, todos convergem para a mesma narrativa:
“A vida encontra seu sentido máximo no ato de se unir a outro ser humano.”
Com isso, a visão simplista da personagem em relação ao casamento é delineada como uma “pura ideia”, dissociada do:
- Amor;
- Prazer;
- Até mesmo do noivo.
Até mesmo alguns poemas mais populares da humanidade irão te mostrar o quanto a literatura brasileira é poderosa.
É como se o ato de casar fosse desprovido de emoções e se tornasse uma obrigação social, um dever que transcende as individualidades, não é mesmo?
Por que Lima Barreto abordar a obsessão pelo casamento?
A ironia de Lima Barreto nesse texto atinge o ápice ao retratar a protagonista como alguém de “inteligência rudimentar“.
Ele diz o seguinte:
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Casar, para ela, não era negócio de paixão, nem se inseria no sentimento ou nos sentidos; era uma ideia, uma pura ideia.
Aquela sua inteligência rudimentar tinha separado da ideia de casar o amor, o prazer dos sentidos, uma tal ou qual liberdade, a maternidade, até o noivo.
Desde menina, ouvia a mamãe dizer: “Aprenda a fazer isso, porque quando você se casar”… ou senão: “Você precisa aprender a pregar botões, porque quando você se casar…”
Na verdade, a sociedade, ao impor a obsessão pelo casamento, parece limitar a capacidade da mulher de vivenciar experiências profundas.
A estigmatização da solteirice
O fato é que a obrigatoriedade do casamento é exposta de maneira contundente. Onde aprender a realizar tarefas triviais é justificado com a inevitabilidade de se casar. Concorda?
Com isso, a pressão social é transmitida através de expressões como “quando você se casar”. Revelando, assim, uma perspectiva que desconsidera a diversidade de escolhas e caminhos que uma vida pode seguir.
O texto ainda destaca o seguinte assunto:
A todo instante e a toda hora, lá vinha aquele — “porque, quando você se casar…” — e a menina foi se convencendo de que toda a existência só tendia para o casamento. A instrução, as satisfações íntimas, a alegria, tudo isso era inútil; a vida se resumia numa coisa: casar.
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Além disso, o poema também destaca a estigmatização da solteirice. Assim como expressa na visão da personagem de que permanecer solteira é quase um crime, uma vergonha.
Logo, a liberdade de escolher a própria trajetória, sem se submeter à pressão social, é eclipsada pela ideia fixa do casamento como único destino válido.
A literatura brasileira é uma das artes mais lindas do mundo e esses poemas sobre flores irão te mostrar o poder dela.
A necessidade de redefinir valores
A verdade é que o escritor Lima Barreto, por meio de sua prosa crítica, convoca seus leitores a questionar as normas sociais.
Normas essas que condicionam as mulheres a uma única perspectiva de realização. Concorda com o escritor?
Além disso, o poema serve como um alerta para a necessidade de redefinir valores, reconhecendo a individualidade. Guarde no coração essas frases de Lima Barreto.
Assim como também a liberdade de escolha como elementos fundamentais na busca pela felicidade.
…
Você gostou desse excelente poema de Lima Barreto para encher sua mente de reflexão? Então não perca mais tempo e compartilhe com seus amigos e familiares essas palavras poderosas.
Fonte: awebic