A verdade é que esse poema de Murilo Mendes leva o leitor a uma jornada noturna através de imagens que representam a existência urbana. Com certeza você vai amar a leitura do texto.
O poema “Noturno Resumido”, de Murilo Mendes, oferece uma reflexão poética sobre a modernidade e a banalidade da vida cotidiana. Descubra a seguir o lindo poema!
Poema “”Noturno Resumido” de Murilo Mendes
A noite suspende na bruta mão
que trabalhou no circo das idades anteriores
as casas que o pessoal dorme comportadinho
atravessado na cama
comprada no turco a prestações.A lua e os manifestos da arte moderna
brigam no poema em branco.A vizinha sestrosa da janela em frente
tem na vida um camarada
que se atirou dum quinto andar.
Todos têm a vidinha deles.As namoradas não namoram mais
porque nós agora somos civilizados,
andamos no automóvel gostoso pensando no cubismo.A noite é uma soma de sambas
que eu ando ouvindo há muitos anos.O tinteiro caindo me suja os dedos
e me aborrece tanto:
não posso escrever a obra-prima
que todos esperam do meu talento.
Uma reflexão no poema de Murilo Mendes
Primeiramente, a abertura do poema descreve a noite como uma figura poderosa, “a bruta mão” que parece ter experiência acumulada, quase como um veterano de um “circo das idades anteriores”.
O texto diz o seguinte:
A noite suspende na bruta mão
que trabalhou no circo das idades anteriores
as casas que o pessoal dorme comportadinho
atravessado na cama
comprada no turco a prestações.A lua e os manifestos da arte moderna
brigam no poema em branco.
Na verdade, isso sugere que a noite carrega consigo um peso histórico, uma sabedoria acumulada que observa a tranquilidade aparente das “casas que o pessoal dorme comportadinho”.
Com isso, essa visão da rotina noturna contrasta com a ideia de que mesmo a paz do sono é comprada “a prestações”, revelando uma crítica ao consumismo e à superficialidade das aparências.
Assim como esses poemas sobre a vida, poema de Murilo Mendes deixará você ainda mais reflexivo sobre a vida. Aproveite para tirar boas reflexões de vida nos mais lindos poemas da literatura brasileira.
O que é eterno e efêmero na vida de acordo com Murilo Mendes?
A linha “A lua e os manifestos da arte moderna brigam no poema em branco” é particularmente evocativa, simbolizando o conflito entre a natureza eterna e a efemeridade da arte contemporânea.
Além disso, a lua, um símbolo clássico e constante, contrasta com os manifestos da arte moderna, que representam inovação, rebeldia e mudança.
Veja o que diz Murilo Mendes:
A vizinha sestrosa da janela em frente
tem na vida um camarada
que se atirou dum quinto andar.
Todos têm a vidinha deles.As namoradas não namoram mais
porque nós agora somos civilizados,
andamos no automóvel gostoso pensando no cubismo.
Logo, você precisa entender que este conflito sugere uma tensão entre o tradicional e o moderno, entre o eterno e o efêmero.
Além desses poemas de Fernando Pessoa, esse poema de Murilo Mendes irá abrir seus olhos sobre a vida e te dar boas lições de vida. Com certeza a literatura brasileira irá te inspirar a ser uma pessoa mais feliz e realizada.
A fragilidade humano nos versos de Murilo Mendes
A referência à “vizinha sestrosa” que conhece alguém que se atirou de um quinto andar traz um toque sombrio ao poema.
Lembrando-nos, assim, da fragilidade humana e dos dramas pessoais que se desenrolam silenciosamente ao nosso redor.
Além do mais, a expressão “Todos têm a vidinha deles” reforça a ideia de que, apesar de cada um ter suas próprias tragédias e histórias, a vida segue seu curso indiferente.
Você precisa entender também que Murilo Mendes também faz uma crítica à transformação das relações e comportamentos na modernidade.
As preocupações estéticas e intelectuais de Murilo Mendes
Na verdade, as “namoradas não namoram mais” porque “somos civilizados”, indicando que a modernização trouxe consigo um distanciamento emocional.
As pessoas agora “andam no automóvel gostoso pensando no cubismo”, uma metáfora para a superficialidade e a desconexão com os sentimentos profundos, substituídos por preocupações estéticas e intelectuais.
A metáfora da “noite [como] uma soma de sambas” que o poeta ouve há muitos anos sugere uma repetição cíclica, uma trilha sonora constante que embala a sua vida.
Portanto, isso pode representar a persistência da cultura popular e da música como elementos centrais da identidade brasileira, mesmo em meio às mudanças da modernidade.
Um texto de Murilo Mendes para refletir sobre a vida
O fechamento do poema, com o “tinteiro caindo” que “me suja os dedos” e impede o poeta de escrever a “obra-prima que todos esperam”, revela a frustração criativa e a pressão de corresponder às expectativas alheias.
O ato de escrever, sujo e imperfeito, torna-se uma metáfora para a luta interna do artista contra as limitações impostas pelo próprio meio e pela sociedade.
O poema termina dizendo:
A noite é uma soma de sambas
que eu ando ouvindo há muitos anos.O tinteiro caindo me suja os dedos
e me aborrece tanto:
não posso escrever a obra-prima
que todos esperam do meu talento.
“Noturno Resumido” é uma reflexão profunda sobre a condição humana, as transformações sociais e a tensão entre o velho e o novo.
Portanto, o escritor Murilo Mendes convida a olhar mais de perto para a vida urbana e a reconhecer tanto as suas banalidades quanto as suas complexidades.
Assim, desafiando-nos a encontrar sentido e beleza naquilo que é cotidiano e aparentemente ordinário.
Com certeza esses poemas mais lindos de pessoas desconhecidas irão encher seu coração de amor. Além disso, reflita nesse poema de Murilo Mendes para pensar sobre a vida.
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Você gostou de refletir sobre a vida com esse poderoso poema de Murilo Mendes para guardar sempre na mente e coração? Então não perca mais tempo e compartilhe com seus amigos e familiares essas lindas palavras de reflexão.
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Fonte: awebic