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Majur celebra cabelo crespo natural e empoderamento feminino: Rainhas coroadas com orgulho

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“Como puderam um dia ter a audĂĄcia de dizer que um cabelo lindo como esse fosse ao contrĂĄrio?”, escreveu Majur em vĂ­deo publicado nas que mostra seu . “Eu tambĂ©m acreditei por muito tempo, mas a verdade Ă© que somos rainhas e viemos coroadas”, completou. A cantora falou em entrevista Ă  como essa descoberta dos seus fios naturais e do processo de a amĂĄ-los tem impactado a sua .

“Para mim, o cabelo Ă© um sĂ­mbolo muito importante na autoestima, principalmente para trans, porque a tem um processo de encontrar-se na transformação do corpo, e uma delas Ă© o cabelo, que Ă© um dos principais cĂłdigos femininos”, afirma.

Majur lembra que nunca havia utilizado seu natural antes, porque, devido Ă  falta de representatividade na mĂ­dia e Ă  ditadura dos lisos, nĂŁo acreditava que ele era bonito. “A gente sempre existiu, sĂł nĂŁo Ă©ramos lembradas nem faladas, e nĂŁo existiam produtos para os nossos cabelos. Eu sofri bastante com isso na minha infĂąncia e adolescĂȘncia. Durante esse , eu alisava os fios, porque era a referĂȘncia que a gente tinha. EntĂŁo, eu nunca aprendi a amar o meu cabelo, nĂŁo entendia como cuidar dele, e atĂ© hoje acho que Ă© difĂ­cil e estou em um processo de entendimento.”

A artista relata que somente depois de um corte que fez hĂĄ trĂȘs anos começou a observar seu cabelo naturalmente. “Eu começo a me sentir incentivada a ver o meu cabelo quando, por necessidade espiritual, tive que cortĂĄ-lo e deixĂĄ-lo crecer do zero. Ali existia a possibilidade de eu ver o cabelo do zero e deixĂĄ-lo crescer, e assim fiz. E, na primeira vez que eu quis pintar o cabelo, dois anos depois, foi perto do meu casamento, e foi a primeira vez que eu vi o tamanho do meu cabelo. Cheguei a postar isso nas redes sociais, mas nĂŁo consegui utilizĂĄ-lo. Agora, mais um ano depois, consigo me sentir bonita me olhando no espelho de forma natural. Por isso, postei um vĂ­deo orgulhosa de pela primeira vez ter me achado de fato bonita com o meu prĂłprio cabelo.”

Ela ainda ressalta a importĂąncia de sua cabeleireira, TĂąnia Sarah, que a ajuda a cuidar e tratar dos cachos e Ă© uma das principais incentivadoras desse processo. Assim como sua mĂŁe, que tem o cabelo black hĂĄ alguns anos. “Hoje, ela estĂĄ com um black enorme e a vejo superorgulhosa dele, que Ă© bem parecido com o meu, e inclusive foi uma oportunidade de eu ver que tipo de cabelo era o meu, que Ă© um 4C.”

Majur finaliza com um recado para pessoas negras sobre cabelo natural e autoestima. “Experimentem ser vocĂȘs mesmos cada vez mais, nĂŁo fiquem com medo da sociedade e do que os estereĂłtipos dizem sobre nĂłs. A gente tem que se entender sozinhas, buscar sozinhas o que Ă© melhor pra gente e como a gente se sente bem.”

“Agora, me sinto melhor e vou poder usar quando eu quiser o meu cabelo solto, preso, liso, se eu quiser usar lace, se não quiser
 Mas não estou mais presa a sempre estar com alguma coisa no meu cabelo e não estar com o meu próprio cabelo. Neste Natal, estarei com meu cabelo natural

Fonte: capricho

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Sophia Costa

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