O telescópio James Webb, o mais poderoso do mundo, mostrou novos detalhes incríveis sobre o centro da nossa galáxia. A imagem foi divulgada pela NASA nesta segunda-feira (21), mostra uma espécie de fábrica de estrelas.
Na foto, podemos ver uma área onde novas estrelas estão se formando, e fica a mais ou menos 300 anos-luz de distância do buraco negro no meio da Via Láctea.
Samuel Crowe, um estudante de graduação da Universidade da Virgínia que faz parte da equipe de observação, disse que nunca tínhamos visto dados infravermelhos nessa região com tanta clareza antes.“Estamos vendo muitas características aqui pela primeira vez” disse ele.
Uma fábrica de estrelas
A parte da nossa galáxia que aparece na imagem é chamada de Sagitário C e tem cerca de 500 mil estrelas.
Os cientistas dizem que é como uma fábrica que faz novas estrelas.
Essas descobertas permitem estudar como as estrelas se formam nesse tipo de ambiente de uma maneira que antes não era possível. Bacana, né?
Algumas dificuldades
As nuvens densas de gás e poeira, onde as estrelas grandes nascem, são difíceis de estudar com os instrumentos da NASA.
Elas geralmente aparecem como manchas escuras no céu, cobrindo as estrelas dentro e fora delas.
Essas manchas são chamadas de nuvens infravermelhas escuras e bloqueiam até mesmo a luz infravermelha, que os pesquisadores usam para aprender mais sobre o espaço.
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O que tem além da beleza
A imagem mostra coisas muito bonitas, como nuvens coloridas de ciano e rosa, espalhadas entre muitas estrelas brilhantes, com faixas pretas circulando.
Mas os astrônomos conseguem ver mais coisas.
A parte mais escura da imagem, onde parece ter menos estrelas na parte de cima, é na verdade uma nuvem escura que só parece ter menos estrelas porque está tão apertada que bloqueia a luz das estrelas atrás dela.
Ainda tem mais…
A imagem também mostra uma estrela em formação muito grande, com mais de 30 vezes a massa do nosso Sol, saindo da nuvem escura.
Toda essa região está a cerca de 25.000 anos-luz da Terra, mas ainda perto o suficiente para que os astrônomos possam estudar estrelas individualmente.
“A imagem de Webb é impressionante e a ciência que obteremos dela é ainda melhor”, disse Samuel Crowe, um dos pesquisadores.
Fonte: sonoticiaboa