A leitura de poemas sobre a natureza que versam sobre a vida, como o “Poema das árvores” de António Gedeão, é uma prática enriquecedora que nos conecta com o mundo natural.
Na verdade, através da poesia, a natureza não é apenas observada, mas sentida e vivida. Gedeão, com sua habilidade poética, nos leva a contemplar a vida das árvores, seres que crescem, florescem e vivem em uma solitude. Leia o texto a seguir:
“Poema das árvores” de António Gedeão
As árvores crescem sós. E a sós florescem.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
A crescer e a florir sem consciência.Virtude vegetal viver a sós
e entretanto, dar flores.
O que aprendemos sobre a vida nesse poema sobre a natureza?
A verdade é que as árvores, descritas no poema, representam a constância e a serenidade da natureza.
Na verdade, elas começam suas vidas como pequenas sementes, quase insignificantes, mas lentamente, palmo a palmo, erguem-se em direção ao céu.
Com isso, este processo de crescimento silencioso é um poderoso lembrete da paciência e da resiliência inerentes ao mundo natural.
As árvores não se apressam, não se angustiam; elas simplesmente crescem, em sua própria quietude, cumprindo seu ciclo de vida.
Com certeza esse poema sobre a natureza e esse poema mais lindo sobre a lua cheia irão te mostrar o poder das palavras em nossas vidas. Aproveite cada momento com amor.
O texto de António Gedeão é uma reflexão a natureza
Ao ler sobre as árvores, somos levados a refletir sobre nossa própria existência e as formas como interagimos com o mundo ao nosso redor.
Na verdade, diferentemente dos animais, que Gedeão descreve como seres que se comunicam, se penetram e vivem de maneira mais explícita e ruidosa, as árvores vivem uma vida de solitude.
O texto diz o seguinte:
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
Você precisa entender que elas estendem seus ramos e soltam gemidos com o vento, mas esses sons não são queixas, e sim parte de um ciclo natural e necessário.
Além disso, essa solidão das árvores, no entanto, não é desprovida de beleza ou significado. Pelo contrário, é nessa solidão que elas florescem, nos oferecendo suas flores e frutos sem pedir nada em troca.
Os poemas visuais têm o poder de nos fazer ver coisas além das palavras, assim como esse poema sobre a natureza encherá sua vida de bons ensinamentos. Aproveite!
Qual foi a última vez que você contemplou a natureza?
Por incrível que pareça, a virtude vegetal, como Gedeão a coloca, é viver a sós e, ainda assim, dar flores.
Esse conceito nos inspira a encontrar beleza e propósito em nossa própria solitude e a valorizar a importância do crescimento silencioso e constante.
No poema de António Gedeão, aprendemos que na correria do dia a dia, muitas vezes nos esquecemos de parar e observar a natureza ao nosso redor, de apreciar o silêncio e a calma que ela nos oferece.
Logo, os poemas sobre a natureza nos convidam a uma pausa reflexiva, a um momento de contemplação onde podemos redescobrir a harmonia e a serenidade que muitas vezes faltam em nossas vidas.
Devemos olhar mais para a sensibilidade da natureza
O fato é que ler poemas como o de Gedeão pode nos ajudar a desenvolver uma maior sensibilidade ambiental.
Ao personificar as árvores e revelar suas vidas silenciosas e solitárias, o poema nos faz perceber a importância de respeitar e proteger esses seres que nos dão tanto e pedem tão pouco.
Veja o que diz o poeta sobre o assunto:
As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
A crescer e a florir sem consciência.
Logo, essa conscientização é crucial em um tempo em que a natureza enfrenta inúmeras ameaças devido à ação humana.
Uma poesia para amar mais a natureza e a vida
Por fim, a leitura de poemas sobre a natureza é uma porta aberta para a introspecção, para o reconhecimento do valor intrínseco do mundo natural.
Assim como para a contemplação da beleza e da sabedoria que se encontram na vida silenciosa das árvores.
Na verdade, através das palavras de António Gedeão, somos lembrados de que, mesmo na solitude, podemos florescer e contribuir para a beleza do mundo.
Aprendendo, assim, a viver em harmonia com a natureza e com nós mesmos. Aprenda a olhar mais para a natureza com esse lindo poema de António Gedeão.
Assim como esse poema sobre a natureza irá encher o seu coração de amor, leia e reflita nesse poema mais lindo de Fagundes Varella para te mais amor na vida.
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Fonte: awebic