Lexa teve amnésia dissociativa: saiba o que é esse transtorno
A cantora revelou que foi diagnosticada com uma crise de amnésia dissociativa após o caso de importunação sexual em que o marido cometeu no reality show. Com isso, ela concluiu que passará a cuidar mais de si.
“No dia que tudo aconteceu, . Sempre mantive meu relacionamento fora dos holofotes e tudo que vinha de mim era carinho, amor e cumplicidade. Por isso, naquele dia, minha mente entrou em blackout e tive uma crise de amnésia dissociativa (de acordo com os meus médicos) e só consegui lembrar algumas coisas agora”, diz um trecho da nota enviado ao jornal.
“Recebi muitas mensagens durante esse tempo. Algumas muito boas e sou muito grata, mas algumas me invalidando e machucando. Peço desculpas pela exposição“, disse ela.
A cantora falou que MC Guimê deverá enfrentar as consequências de seus atos. “Já o Guimê está pagando pelo que ele fez, o problema é dele, ele que tem que enfrentar. Preciso focar em mim, na minha carreira e viver meu próprio sonho. Pretendo expor o mínimo possível da minha vida pessoal. Se eu tentando me animar, peço que não me xinguem”, concluiu.
O que é amnésia dissociativa?
É um transtorno que causa em pessoas após traumas, sejam eles físicos ou emocionais.
É um tipo de transtorno dissociativo que envolve a incapacidade de recordar importantes informações pessoais que tipicamente não seriam perdidas pelo esquecimento normal. É geralmente causada por trauma ou estresse. O diagnóstico se baseia na história após outras causas serem descartadas.
Trauma físico: a pessoa sofre algum tipo de pressão, deslocamento ou machucado no sistema nervoso e, por conta desse choque, pode ter . Normalmente, são quadros transitórios, a depender do tamanho da lesão.
Trauma psicológico: a amnésia também é chamada de psicogênica. A pessoa “apaga” momentos da memória após algum tipo de trauma ou . É um tipo de transtorno em que a pessoa não consegue recordar informações importantes dela mesma, às vezes não sabendo quem ela é. Pode ainda perder pontos de memória de algum período ou questão, como os instantes que precederam a situação estressora.
Jairo Bouer, psiquiatra, comenta que é possível que haja uma autopercepção do fenômeno quando ele acontece. Por outro lado, isso requer conhecimento do evento psíquico, o que significa saber que ele existe.
Mas, no geral, a avaliação dos impactos do transtorno na rotina da pessoa deve ser feita por um especialista.
Quem convive com ela também é capaz de observar o quanto a desorientação e a falta de identificação com a família, com o trabalho ou com o lugar em que se está é recorrente e preocupante, a fim de motivar a busca por um diagnóstico.
O tratamento é psicoterápico, algumas vezes combinado com hipnose ou entrevistas facilitadas por fármacos. A recuperação pode durar horas, semanas ou meses, mas é incomum que demore anos.
Neste caso, os medicamentos não têm a função de cura, mas de evitar comorbidades, como diminuir a ansiedade, aliviar sintomas de estresse e prevenir que haja abuso de substâncias ou vícios.
No caso do diagnóstico de transtorno dissociativo, que difere de episódios isolados de dissociação, o tratamento precisa acontecer com suporte da família e dos amigos.
Fonte: melhorcomsaude
