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“Direito de ir e vir: a influência da arquitetura e urbanismo além das regras de trânsito”

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Quando falamos em pedestres, é comum associarmos às leis de trânsito. No entanto, neste dia 08 de agosto, em que celebramos o Dia Mundial do Pedestre, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso (CAU/MT) ressalta a importância da arquitetura e urbanismo para garantir o direito de ir e vir da população.

Todos são pedestres em algum momento, ainda que se desloquem de carro ou transporte coletivo, pois é preciso descer do veículo para acessar o local de destino, e isso é feito andando, ainda que minimamente. A arquiteta e urbanista, Valéria Lima Rocha, que ministrou o curso “Acessibilidade Aplicada ao Projeto Arquitetônico Legal” no CAU/MT em maio deste ano, afirma que os elementos das cidades devem ser pensado de forma segura.

Segundo ela, a autonomia é um dos pilares da acessibilidades. “Eu diria que a arquitetura está presente de toda forma possível, porque desde a concepção de mobiliário, edificações, e até mesmo na cidade, a gente projeta para as pessoas, para que elas possam usar os elementos da forma mais segura, confortável e acessível possível” ressalta.

A profissional reitera que pedestres são todos que utilizam o espaço urbano de alguma maneira. Pontua que é a arquitetura quem garante o seu direito de ir e vir e, para que todos circulem com tranquilidade, a cidade deve estar preparada. “Hoje a gente tem cidades com muitas barreiras arquitetônicas, ou seja, ausência de sinalização adequada, falta de rampas ou com rampas irregulares, ausência de foco semafórico etc.”, comenta.

Quando falamos sobre faixas de pedestres, lembramos que é preciso ter ambiente adequado para chegar até elas. Por isso, as zonas de segurança da faixa devem ter o rebaixamento da calçada para que todos tenham acesso. Ainda é importante lembrar que a segurança do pedestre vai além das faixas.

A arquiteta explica que, hoje, uma das maiores irregularidades encontradas são as calçadas. “São inadequadas, com pisos trepidantes, derrapantes, com pavimentação inadequada, buracos, etc.. Por isso, vemos vários casos de pessoas q se acidentam nas calçadas, ou que simplesmente não conseguem se locomover sem o auxílio de outra pessoa”, ressalta.

Por fim, ressalta que é essencial avaliar o fluxo de pedestres na localidade no momento de desenvolver qualquer empreendimento. Valéria cita espaços como estações de metrô, rodoviárias ou terminais de integração de ônibus como exemplos. “É importante saber como funciona e qual a dinâmica de locomoção. Isso influencia diretamente na concepção do projeto de arquitetura, para saber onde a gente vai colocar os eixos de entrada e saída; a liberação; e as rotas acessíveis, para deixar esses trajetos mais seguros e confortáveis. Tudo isso garante o direito de ir e vir”, finaliza.

Participe das decisões urbanas

Você já imaginou ter a possibilidade de participar das decisões urbanas da sua cidade? Por meio de uma consulta pública nacional sobre Agenda Urbana promovida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), em parceria com a empresa Colab, você pode fazer valer a sua opinião.

A pesquisa é uma iniciativa do CAU/BR, por meio da sua Comissão Especial de Relações Institucionais (CRI), em parceria com a Colab Tecnologia e Serviços de Internet S.A, uma empresa especializada em pesquisa e levantamento de dados no processo urbano de construção das cidades. O objetivo é justamente incentivar a participação cidadã nas decisões urbanas. 


 
Da assessoria 

Fonte: leiagora

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