Celebrar o espírito natalino é mais do que trocar presentes, é também compartilhar lindos poemas de Natal cria laços emocionais.
Na verdade, os poemas de Natal oferecem uma pausa reflexiva, lembrando a cada um de nós da magia da festa e inspirando esperança. Confira a seguir!
Poemas de Natal para compartilhar
As palavras poeticamente entrelaçadas podem aquecer corações e iluminar até mesmo os dias mais sombrios. Descubra a seguir alguns poemas de Natal para compartilhar amor e carinho neste final de ano.
1 – Natal (Mauro Mota)
Compartilhar poesia natalina não é apenas uma expressão artística, mas um ato de generosidade. Confira a seguir um dos poemas mais lindos de Mauro Mota:
Natal, antes e agora
imutável. Feliz
noite branca sem hora
no pátio da Matriz.Natal: os mesmos sinos
de repiques iguais.
Brinquedos e meninos,
Natal de outros natais.A Banda, vozes, passos
da multidão fiel.
Tudo nos seus espaços,
o mundo e o carrossel.Tudo, menos o andejo
homem que se conclui.
Olho-me, e não me vejo,
não sei para onde fui.
São vários os poemas de Natal para aquecer os nossos corações e comemorar o Nascimento do Menino Jesus.
2 – Natal… Natais… (Cabral do Nascimento)
Ao compartilhar lindos poemas de Natal, preservamos a rica tapeçaria cultural que é a celebração natalina. Veja a seguir um excelente texto de Natal do grande Cabral do Nascimento:
Tu, grande Ser,
Voltas pequeno ao mundo.
Não deixas nunca de nascer!
Com braços, pernas, mãos, olhos, semblante,
Voz de menino.
Humano o corpo e o coração divino.Natal… Natais…
Tantos vieram e se foram!
Quantos ainda verei mais?Em cada estrela sempre pomos a esperança
De que ela seja a mensageira,
E a sua chama azul encha de luz a terra inteira.
Em cada vela acesa, em cada casa, pressentimos
Como um anúncio de alvorada;
E ein cada árvore da estrada
Um ramo de oliveira;
E em cada gruta o abrigo da criança omnipotente;E no fragor do vento falas de anjos, e no vácuo
De silêncio da noite
Estriada de súbitos clarões,
A presença de Alguém cuja forma é precária
E a sua essência, eterna.
Natal… Natais…
Tantos vieram e se foram!
Quantos ainda verei mais?
Guarde no coração esses poemas de natal com rimas que deixam qualquer noite ainda mais iluminada e entenda o poder a leitura em nossas vidas.
3 – Nascença Eterna (José Régio)
Os poemas de Natal são faróis de tradição, transmitindo valores atemporais e conectando gerações. Confira aqui também um emocionante poema de José Régio para ter um Natal especial:
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Nascença Eterna,
Nasce mais uma vez!
Refaz a humílima Caverna
Que nunca se desfez.Distância Transcendente,
Chega-te, uma vez mais,
Tão perto que te aqueças, como a gente,
No bafo dos obscuros animais.Os que te dizem não,
Os épicos do absurdo,
Que afirmarão, na sua negação,
Senão seu olho cego, ouvido surdo?Infelizes supremos,
Com seu fracasso alcançam nomeada,
E contentes se atiram aos extremos
Do seu nada.Na nossa ambiguidade,
Somos piores, nós, talvez,
E uns e outros só vemos a verdade
Que, Verdade de Sempre!, tu nos dês.Se nada tem sentido sem a fé
No seu sentido, Sol que não te apagas,
Rompe mais uma vez na noite, que não é
Senão o dia de outras plagas.Perpétua Luz, Contínua Oferta
A nossa escuridade interna,
Abre-te, Porta sempre aberta,
Mais uma vez, na humílima Caverna.
Use também esse lindo poema natalino de Vinícius de Morais para expressar seus sentimentos e amor.
4 – Natal (Manuel Alegre)
Cada poema natalino é uma pequena pérola de emoção, um presente intangível que perdura além da temporada. Veja aqui uma linda poesia de Natal do escritor Manuel Alegre:
Acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
Era gente a correr pela música acima.
Uma onda uma festa. Palavras a saltar.Eram carpas ou mãos. Um soluço uma rima.
Guitarras guitarras. Ou talvez mar.
E acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.Na tua boca. No teu rosto. No teu corpo acontecia.
No teu ritmo nos teus ritos.
No teu sono nos teus gestos. (Liturgia liturgia).
Nos teus gritos. Nos teus olhos quase aflitos.
E nos silêncios infinitos. Na tua noite e no teu dia.
No teu sol acontecia.Era um sopro. Era um salmo. (Nostalgia nostalgia).
Todo o tempo num só tempo: andamento
de poesia. Era um susto. Ou sobressalto. E acontecia.
Na cidade lavada pela chuva. Em cada curva
acontecia. E em cada acaso. Como um pouco de água turva
na cidade agitada pelo vento.Natal Natal (diziam). E acontecia.
Como se fosse na palavra a rosa brava
acontecia. E era Dezembro que floria.
Era um vulcão. E no teu corpo a flor e a lava.
E era na lava a rosa e a palavra.
Todo o tempo num só tempo: nascimento de poesia.
Até mesmo esse poema de Natal de Cora Coralina irá te mostrar o quanto podemos usar da literatura para aquecer nosso coração com amor.
5 – Natal, e não Dezembro (David Mourão-Ferreira)
Ao compartilhar essas joias literárias, cultivamos uma atmosfera de amor e paz que ressoa por todo o ano vindouro. Leia a seguir um excelente texto de David Mourão-Ferreira:
Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido…
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave…
Entremos, despojados, mas entremos.
Das mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.
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Guarde também no coração esse lindo poema de Natal de Fernando Pessoa para deixar as festas de final de ano ainda mais cheio de amor.
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Fonte: awebic