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“Barraco” em favela concorre a prêmio mundial de arquitetura

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Coletivo Levante

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Em 13.02.23

Soluções simples, baratas e funcionais são destaque no projeto da “Casa do Pomar do Cafezal”, que concorre ao prêmio Construção do Ano, pelo Archdaily. Localizado na comunidade Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, o projeto, implantado em um terreno anguloso e com cerca de 70m², foi feito pelo Coletivo Levante – uma união de arquitetos, liderada pelos profissionais Fernando Maculan e Joana Magalhães, que também reúne estudantes, engenheiros, fornecedores e apoiadores para levar a arquitetura para a periferia.

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Segundo o morador Kdu dos Anjos, o “barraco”, como ele chama, está “num beco, numa rua que não tem nem CEP, não tem água encanada, nem energia legal”. Ele também enaltece a importância da construção, feita com o apoio dos moradores – “a estrutura do meu barraco fortalece a sustentação do beco inteiro”. Conheça o projeto e surpreenda-se:

De acordo com os profissionais, “o projeto da casa representa um ‘modelo’ construtivo que utiliza materiais próprios da periferia, com uma implantação adequada e atenção à iluminação e ventilação, o que resulta em um espaço com grande qualidade ambiental”.

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A casa foi construída com blocos de 8 furos assentados na horizontal, revelando sua face frisada. Conforme os arquitetos, “é algo pouco comum no morro, uma vez que assentar o bloco em pé é mais rápido e faz com que o material renda mais”.

A justificativa foi que, assim, é possível “garantir a melhor inércia térmica para a casa, já que, com assentamento na horizontal, a largura da parede será correspondente à maior dimensão do bloco”. Os blocos também aparecem como ou combinados com blocos de concreto, “por uma necessidade estrutural”, explicam. Assim, mostram como um mesmo material pode ser um elemento versátil em uma residência.

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Outro cuidado que os profissionais tiveram foi manter “o repertório construtivo próprio dos mutirões, quanto à estrutura e aos fechamentos de . [Também] nos preocupamos em observar com cuidado questões referentes ao fluxo das águas de chuva e sua absorção no terreno; em minimizar a intervenção no solo; oferecer ventilação e iluminação naturais de forma generosa, além do controle de temperatura com elementos leves como as peças roliças de eucalipto e a vegetação. E, claro, aproveitar ao máximo a vista, que é extraordinária e que não se vê igual lá do asfalto.”

Soluções econômicas para iluminação e ventilação, além de melhor aproveitamento de materiais e das condições locais, mostram como a arquitetura pode e deve ser acessível para todos. Aproveite e veja também como ter uma e minimizar os impactos ambientais de uma construção.

 

 

Fonte: tuacasa

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