Algumas profissões costumam ganhar mais destaque social do que outras. Médicos, por exemplo, são pessoas de alto prestígio e que a sociedade olha com admiração. E também pudera, pois são eles que cuidam da saúde e salvam inúmeras vidas!
Mas, outros cargos também são essenciais para o bom funcionamento de uma comunidade e acabam passando quase que despercebidos durante dia a dia, como é o caso dos garis. Conhecedor desses dois mundos, Darío Giusepponi está prestes a se formar em medicina aos 37 anos.
A idade um pouco mais avançada em relação aos seus colegas deve-se ao fato de que, ao se formar no ensino médio, ele não pode ingressar na tão sonhada faculdade e começou a trabalhar como gari. Desde então, ele se dedicou ao trabalho de varrer as ruas da cidade de Rosário, na Argentina.
Filho de pai taxista e mãe dona de casa, ele cresceu em uma casa de classe média com seus três irmãos e sempre quis seguir a da saúde. No entanto os contratempos e dificuldades da vida o levaram para um caminho um pouco diferente.
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E sonhos são sonhos até que a perseverança insista um pouco mais e acabe trazendo esses planos para a realidade. Assim, em 2011 Darío decidiu voltar a tentar e fez um esforço redobrado e voltar para .
Os horários permitiam que ele ficasse livre depois do meio-dia e ele se inscreveu para o turno da noite. “Sempre foi claro para mim que eu queria ser médico. Se me perguntam onde quero passar o resto da minha vida, penso em um hospital“, explicou.
O caminho não foi nem um pouco fácil, mas graças ao seu esforço e ajuda do Sindicato dos Garis, ele finalmente conseguiu terminar o curso de medicina!
INSPIRAÇÃO PARA COLEGAS
Devido às inúmeras dificuldades, Dário disse que chegou a pensar em desistir, mas continuou. “Quando me formei, meus colegas comemoraram comigo. Acho que eles sentiram isso como uma vitória para eles também“, se alegrou.
Ainda de acordo com ele, as pessoas no geral costumam ter uma ideia muito errada de um varredor de rua. “Elas pensam em nós como pessoas sem instrução, alguns nos tratam com um pouco de desprezo também, por isso acho que minha história os enche de orgulho”, enfatizou.
Além de orgulho, Dário sabe que toda a sua trajetória inspirou diversos garis a voltarem aos estudos. Segundo o agora médico, alguns colegas o procuraram e perguntam onde podem estudar.
Porém, agora em 2023, ele vai precisar deixar a vassoura de lado para se dedicar exclusivamente à carreira de médico. Durante 8 meses, ele irá trabalhar em diferentes centros de atendimento e terá a experiência mais prática do curso.
Depois de concluído esse período, ele pretende fazer especialização em cardiologia ou emergências e se imagina trabalhando em um hospital: “Acredito na saúde pública e aposto nesse lugar”, finalizou.
Que incrível! E viva os garis e os médicos!
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Fonte: awebic