“Eu nunca pensei em me aposentar”. Quem garante isso é Howard Tucker, que, aos 100 anos, tem o título de médico mais velho do mundo em atividade. Nascido em Cleveland, Ohio, nos Estados Unidos, em 1922, Tucker já tem 75 anos de carreira, salvando inúmeras vidas e cuidando com muita dedicação dos seus pacientes.
Em todo esse tempo, ele passou por muitos momentos marcantes, incluindo a da Covid-19. O fato de ter idade avançada e ser do grupo de risco não o afastou do trabalho.
“Obviamente, tomei as precauções necessárias para me manter seguro e me proteger, mas ainda assim fui trabalhar como qualquer outro dia”, disse o Dr. Howard. Apesar dos cuidados, o médico neurologista acabou contaminado pelo vírus – felizmente, venceu a doença.
E olha que legal: a esposa dele, Sue, tem 89 anos e continua trabalhando como psicanalista. Será que um inspira o outro nessa linda missão de cuidar das pessoas?
Na juventude, o Dr. Howard era apaixonado por violino e contrabaixo e quase se tornou músico profissional. A decisão de se tornar médico veio no ensino médio, indo estudar na Universidade do estado de Ohio. Depois, trabalhou na Guerra da coreia como chefe de neurologia e conheceu sua esposa dando aulas no Instituto Neurológico de nova York.
Caso marcante
“Quando eu estava ensinando, uma das alunas chamou minha atenção. Quatro meses depois que ela se formou na minha turma, nós dois nos encontramos, por acaso, no mesmo restaurante em Nova York. O resto é história e nos casamos em 1957″, disse, em entrevista ao Guinness, onde detém o recorde mundial de longevidade na medicina.
Entre os casos marcantes da sua carreira, está o das “Belas Adormecidas”. O ano era 1960 e nenhum médico conseguia descobrir o que estava acontecendo com dois pacientes que ficavam entrando e saindo do coma há meses. O Dr. Howard entrou de cabeça no caso e descobriu que era um caso de envenenamento por barbitúricos.
É fato que a medicina mudou muito durante todos esses anos. O incremento de novas tecnologias, por exemplo, revolucionou o atendimento. O Dr. Howard garante que está atualizado com as novidades da área. “Me recuso a permitir que mudanças na tecnologia prejudiquem minha capacidade de cuidar de pacientes ou ensinar médicos residentes.”
Uma baita inspiração, não é mesmo? Já imaginou quantas vidas ele não ajudou a salvar durante todo esse período? Trata-se, claramente, de uma pessoa que está na profissão não apenas pelo salário, mas, principalmente, pelo propósito, pelo amor que tem pelo ofício.
Parabéns, Dr, Howard! Os seus pacientes são sortudos por terem você como médico!
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Fonte: e
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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.