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Algoritmo desenvolvido pela USP prevê surtos de dengue, zika e chikungunya 3 meses antes

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O assunto do momento no noticiário é a Covid-19 e a varíola dos macacos, mas não podemos esquecer também do combate a outras doenças que podem levar a quadros graves e até matar. Entre elas, a dengue, zika e chikungunya, transmitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti contaminado com o .

Foi pensando em uma melhor forma de prevenir e enfrentar essas doenças que pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um algoritmo capaz de prever surtos com até três meses de antecedência.

Para fazer essa previsão, o algoritmo usa como base a quantidade de casos em determinando bairro e nas localidades vizinhas, dados de , precipitação, demografia da área, entre outros dados. A partir disso, ele estima a proximidade de um possível surto.

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Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da zika e da chikungunya (imagem: O Globo)

“O grande diferencial da inteligência artificial é, justamente, identificar comportamentos e padrões dos dados históricos, para dar visibilidade ao que é relevante para a análise e a elaboração de ações preventivas. Por exemplo: preocupar-se com ações que lidam com focos de dengue pode trazer mais benefícios do que construir um novo estabelecimento de saúde naquela região”, explica Robson Aleixo, pesquisador principal do estudo, segundo .

O projeto foi desenvolvido usando como modelo a cidade do Rio de Janeiro entre 2015 e 2020. No entanto, a ideia dos pesquisadores é adaptá-lo para outras regiões, de modo que possa ser usado para mais municípios do nosso país. A iniciativa, aliás, já ganhou prêmio no Workshop Internacional AI4Health, evento realizado na Itália com foco no uso da inteligência artificial na saúde.

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A melhor prevenção é eliminar os focos de água parada, que servem de reprodução para o mosquito (imagem: Secretaria da Saúde do Espírito Santo)

Uso em larga escala

A principal vantagem do algoritmo é que ele faz com que as autoridades tenham tempo de se preparar para futuros surtos e, assim, salvar vidas. A expectativa é que essa inovação seja uma grande aliada para enfrentarmos essas doenças que, ano após ano, ressurgem com força em muitos estados do Brasil. No da dengue, por exemplo, os primeiros seis meses de 2022 já tiveram o dobro de mortes registradas no ano passado inteiro.

Um passo importantíssimo para que o algoritmo seja usado em massa é transformá-lo em uma ferramenta acessível para pessoas que não sejam especialistas em linguagens de programação. Isto é, fazer com que um profissional de saúde consiga acessar e interpretar os dados de maneira prática.

É um algoritmo muito promissor, mas, até que o seu uso não seja em larga escala, é de extrema importância reforçarmos os cuidados em casa. A melhor maneira de prevenir a dengue, a e a chikungunya é combatendo o mosquito Aedes aegypti. Por isso, veja sempre se não tem nada juntando água na sua residência.

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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.

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