Depois da derrota da Seleção para a Croácia nos pênaltis, nesta sexta-feira (09.12), Neymar se competiu a confirmar ou negar que esse foi o fim da linha para ele com a camisa do Brasil.
“É muito cedo para pensar (nisso). Eu não garanto que vou retornar para a Seleção, mas eu também não fecho as portas. Vou me reunir com a família caminha, tenho muita coisa para pensar”.
E o país inteiro também pensa como o tempo convertido apenas um dos seus 11 chutes certos e como a vaga escapou quando restavam apenas três minutos de jogo restante na prorrogação, deixando Neymar com essa decisão a fazer.
Por várias vezes no jogo, Neymar foi liberado – quase sempre por Richarlison – da parte defensiva, sendo preservado apenas para atacar a forte linha defensiva da Croácia e um inspirado Dominik Livakovic no gol. Ainda assim, o atacante foi o único brasileiro a achar o caminho da rede, passando por Livakovic e chutando forte para o gol vazio.
No final, porém, o Brasil foi eliminado em uma disputa de pênaltis na qual Neymar não participou. Só é possível especular como isso será recebido no Brasil e como afetará a sua decisão final.
Um paralelo talvez possa ser traçado com a Argentina de Lionel Messi – ambos são jogadores inegavelmente entre os melhores do mundo, ainda que seus títulos e atuações nos momentos decisivos serão sempre descobertos às de outros heróis nacionais.
Messi anunciou sua aposentadoria da seleção depois de perder uma Copa América para o Chile nos pênaltis, em 2016, voltando dois meses depois. Ainda que Neymar não tenha falado o mesmo, a resposta ambígua certamente significa que ele vai anunciar em breve se tem mais a dar pela camisa amarela.
Fonte: Agência Esporte
A Copa do Mundo conhecerá no domingo uma nova seleção tricampeã.
A França, que experimentou a taça pela primeira vez quando jogou em casa, em 1998, e repetiu a dose, quatro anos atrás, na Rússia, conquistou seu lugar na decisão do Qatar-2022 ao encerrar o conto de fadas vivido por Marrocos.
Na decisão, os Bleus terão pela frente um outro tempo bicampeão mundial, a Argentina, que também faturou o troféu inédito como comandante, em 1978, antes de voltar a levantá-lo no México-1986.
Com a vitória sobre os marroquinos, selada graças a um gol marcado logo no início da partida pelo lateral esquerdo Theo Hernández e outro feito já na segunda etapa por Randal Kolo Muani, os franceses estavam ainda vivo o sonho de serem a terceira equipe na história das Copas a emendar dois títulos.
O feito que os comandados de Didier Deschamps tentarão obter no fim de semana só foi atingido pela Itália do técnico Vittorio Pozzo, em 1934 e 1938, e pelo Brasil do craque Pelé, em 1958 e 1962.
Marrocos, a primeira seleção africana da história a se posicionar entre as quatro melhores de um Mundial, ainda pode melhorar um pouco mais essa campanha inesquecível, já que enfrenta a Croácia, no sábado, na disputa pelo terceiro lugar.
Momento-chave
A defesa de Marrocos praticamente não cometeu erros nos seus cinco primeiros jogos na Copa. Mas, logo aos 5 minutos da etapa inicial da semifinal, errou no tempo de bola e permitiu que Antoine Griezmann recebesse livre pelo lado direito. O camisa 7 rolou para o meio da área, Kylian Mbappé tentou a finalização e, após um bate-rebate, a bola sobrou para Theo Hernández se tornar o primeiro adversário de Marrocos no Mundial a conseguir vazar a seleção africana.
Número
Defesa espetacular de Lloris!
Quase no final do primeiro tempo, El Yamiq deu uma linda bicicleta que tinha endereço, mas foi salva pelo goleiro francês! #FRA #MAR
— Copa do Mundo FIFA 🏆 (@fifaworldcup_pt) December 14, 2022
Capitão da França, Hugo Lloris disputou hoje sua 19ª partida de Copa e igualou o recorde do alemão Manuel Neuer como goleiro que mais foi a campo na competição. E o Camisa 1 apresentou seus companheiros com uma defesa sensacional, em uma bicicleta de Jawad El Yamiq, no finalzinho da etapa inicial.
Antoine Griezmann é o cara que faz a França jogar nesta Copa. Escalado um pouco mais recuado do que na maior parte da carreira, o camisa 7 carimba as jogadas ofensivas dos Bleus e repete o grande desempenho que teve na campanha na Rússia-2018. Na semifinal de hoje, foi dele o BUDWEISER PLAYER OF THE MATCH.
Fonte: Agência Esporte
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O técnico de Marrocos nasceu na França e jogou por cinco clubes diferentes no país
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Ele diz que será um jogo “especial para as pessoas mais próximas e sua família”
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Também fala ainda sobre a sua propriedade pelo ex-colega de Grenoble, Olivier Giroud
A presença inédita do Marrocos na semifinal da Copa do Mundo FIFA resultou em uma enxurrada de emoções. Walid Regragui, o homem que levou os representantes africanos ao confronto desta quarta-feira, diante da França, sabe isso melhor do que ninguém. Para começar, ninguém sentiu isso tanto quanto ele na própria pele.
É o que ilustra uma resposta do treinador após a vitória das quartas de final sobre Portugal. “Acho que foi a primeira vez que chorei por um jogo de futebol, não durou muito, mas a emoção foi tão forte que não consegui me controlar”, declarou.
Outra noite de fortes emoções aguarda o técnico de 47 anos no Estádio Al Bayt, nesta quarta-feira (14.12). Afinal de contas, a França é seu “segundo país”, como ele mesmo declarou. Ele é nascido em Corbeil-Essones, bairro da região sul de Paris, Iniciou uma carreira no Racing Paris e passou a maior parte de sua trajetória esportiva em solo francês, passando por Toulouse, Ajaccio, Dijon e Grenoble, onde cruzou com o ainda jovem Olivier Giroud.
Nesta entrevista, o técnico de 47 anos conversa sobre o sentimento de enfrentar a França, sua confiança por Giroud e o papel que as mães de seus jogadores tiveram na campanha marroquina na Copa do Mundo.
FIFA: Qual a sensação de enfrentar os atuais campeões mundiais?
Walid Regragui : É um grande desafio para nós. Já enfrentamos o atual vice-campeão (a Croácia) e os terceiros colocados (a Bélgica), então praticamente todas as melhores do mundo. Este agora talvez seja o nosso maior desafio. Nós os respeitamos e vamos dar o nosso melhor, assim como temos feito desde o início da competição, para criar uma surpresa porque, obviamente, se conseguirmos este feito, será uma surpresa.
Você cresceu na França e jogou por muito tempo no futebol francês. Quão especial é esta partida para você?
É mais especial por causa das pessoas que amo, minha família e meus pais. Tem sabor especial para mim também, já que sou francês também e cresci na França. Contudo, tentei escapar deste debate e pensar só no futebol. Sou o técnico do meu país para enfrentar o meu segundo país, digamos assim, e o objetivo é vencer a França. É um jogo de futebol e não passa disso, e isso de nenhuma forma tira meu amor pela França.
Você fez história com o Marrocos como jogador ao chegar à final da Copa Africana de Nações em 2004. Agora você está a um passo da final da Copa do Mundo. Qual a sensação?
É incrível, porque quando você joga futebol enquanto criança você ama este esporte. E todos nós somos ambiciosos em algum grau, você tem o desejo de entrar para a história e escrever um capítulo da história do futebol do seu país. Mas admito que é indescritível ter feito parte da última final (do Marrocos) na Copa Africana de Nações como jogador – isso foi há quase 20 anos atrás – e levar meu país às semifinais da Copa do Mundo, vivenciando essas emoções com este povo e com estes torcedores.
Pode falar do seu ex-companheiro no Grenoble, o Olivier Giroud?
O Olivier é um jogador resiliente. Foi complicado para ele já desde o começo, mesmo no Grenoble, mas ele nunca desistiu. Eu tenho acompanhado ele de longe e, nesse meio tempo, talvez tenha falado com ele uma vez pelo telefone para dar parabéns. O que ele realizou é incrível e ele merece. Considerando o curto período que jogamos juntos, posso dizer que ele é um cara ótimo, de valores. Quando você tem valores, além de um ótimo coração, como o Giroud, e quando você trabalha duro… fico muito feliz com o que ele tem realizado.
Você pode falar sobre a importância que a presença das famílias dos jogadores tem tido para vocês?
Eu acho que animou os jogadores. Veja, como somos no norte da África, somos muito próximos das nossas famílias, principalmente nossas mães. Isso é uma coisa que só nós entendemos. Ficar longe das nossas mães é sempre difícil. A relação amorosa que temos com elas é forte, então achei que seria muito importante em uma competição como a Copa do Mundo, que acontece a cada quatro anos, que elas também vivenciassem isso com os filhos.
Elas não estão o tempo todo com a gente no hotel, obviamente, mas sabemos que elas não estão longe. Mantemos contato e nos encontramos nos dias de jogo. Conforme acordamos, cada vez que eles ganham podem passar três ou quatro horas com as mães para poder comemorar com elas. Acho que isso dá energia para eles.
Falando das comemorações, qual a sensação de ser jogado no ar pelos seus comandados ao final da partida?
Nós simplesmente ficamos felizes. Você entra em transe nestas horas. Compartilhamos coisas e ficamos felizes de estarmos juntos. O fato de eles terem me levantado não foi importante para mim. A coisa mais importante para mim foi ver que eles estavam felizes, que podiam ficar perto das famílias na arquibancada e que comemoramos juntos. Isso mostrou o espírito de equipe.
Por fim, você tem uma mensagem para os torcedores do Marrocos?
Sabemos que eles vão nos apoiar amanhã. Sejam aqueles que vieram a Doha, sejam aqueles que assistirão no Marrocos. Vamos dar o nosso melhor, como sempre. Vamos ter fé em obter um bom resultado, e eles também terão. Pelo que eles fizeram desde o início da competição, apoiando a equipe toda, agradeço demais. Ainda não acabou, se Deus quiser. O próximo passo será amanhã.
Fonte: Agência Esporte
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