V
ocê usa o celular enquanto está na escola? Ele te atrapalha nas atividades ou ajuda? Você usa para conversar com os seus pais ou ele te distrai mais do que deveria durante as aulas?
Apesar das medidas que proíbem o celular no ambiente escolar ainda estarem sendo debatidas a nível nacional, descobrimos que metade (46%) da nossa galera – entre 16 e 24 anos – são os que mais apoiam a proibição do aparelho na sala de aula. Já uma parcela pequena (11%) dessa galera, é totalmente contra a proibição ou restrição.
Os dados são de uma pesquisa realizada pela Nexus, Pesquisa e Inteligência de Dados, uma empresa da FSB Holding. O apoio dessa galera para a restrição total tem menor aderência do que na população total, viu? Ou seja, ainda estamos resistentes à restrição do uso do aparelho para algumas atividades dentro da escola.
O estudo mostra que 46% dos entrevistados nesta faixa etária concordam com a proibição total do uso dos aparelhos (contra 54% na média da população), enquanto 43% defendem a utilização parcial dos celulares, somando 89% dos entrevistados.
Se você acompanha a , certamente ficou sabendo que esta é uma questão super importante que está sendo debatida nos últimos meses: a proibição do uso do celular nas escolas. Parece estranho, já que vivemos em um mundo quase totalmente conectado e digital, mas o desgaste e o mal-estar com o aparelho está presente e virou até debate no Congresso.
Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei para limitar o uso dos celulares nas escolas. O Ministério da Educação chegou a anunciar que estava preparando uma proposta sobre o tema, mas não chegou a ser apresentada até o momento.
Mas, atenção: o texto aprovado pela Comissão de Educação da Câmara proíbe o uso para crianças de até 10 anos. A partir dos 11 anos, é permitido para atividades pedagógicas. Ele ainda deve ser votado por outras instâncias do Congresso até valer de verdade, viu?
Já em São Paulo, no mês de novembro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sancionou a proibição do uso de celulares por alunos de escolas públicas e privadas do Estado. A nova determinação, criada e aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) entra em vigor já no próximo ano letivo, em 2025. Então, fique atento, ok?
A ampla maioria da população brasileira (86%) é a favor de algum tipo de restrição ao uso de celular dentro das escolas. 54% da população são favoráveis à proibição total dos aparelhos e 32% acreditam que o uso do celular deva ser permitido apenas em atividades didáticas e pedagógicas, mediante autorização prévia dos professores. Apenas 14% dos brasileiros são contrários às medidas debatidas atualmente no Congresso.
Mas o que pensam os mais velhos, ?
Esse é um ponto importante. Vamos lá: entre os mais velhos, essa solução ganha menos adeptos. Ou seja, 32% dos acima de 60 anos, 31% dos que têm entre 25 e 40 anos e 27% dos brasileiros de 41 a 59 anos. Nesta última faixa etária, o percentual mais que dobra quando a opção é a proibição total, a escolha de 58% dos entrevistados.
“À medida que avança o debate sobre a imposição de algum tipo de restrição, fica clara a tendência das pessoas de aprovarem a medida. Isso é um sinal claro de que há forte preocupação dos pais, dos próprios alunos e também da população em geral com o tema, caso contrário não teríamos 86% de aprovação à alguma medida. Há uma clara percepção de que algo deve ser feito para evitar o uso excessivo de celulares nas escolas, a fim de preservar o processo de aprendizagem”, afirma o CEO da Nexus, Marcelo Tokarski, em divulgação à imprensa do estudo.
Há uma clara percepção de que algo deve ser feito para evitar o uso excessivo de celulares nas escolas, a fim de preservar o processo de aprendizagem.
CEO da Nexus, Marcelo Tokarski, em divulgação à imprensa do estudo
Outro dado que chama a atenção, ressalta Tokarski, é não haver diferença de opinião entre quem convive ou não com crianças em idade escolar. “A aprovação da proibição total ou parcial é a mesma entre quem tem filhos, ou mora com crianças matriculadas em escolas e quem não tem filhos nem vive com estudantes. Em ambos os perfis, 54% defendem a restrição total e 32%, a parcial, com liberação de uso apenas em atividades pedagógicas”, afirma o CEO da Nexus.
O levantamento revela também que quanto mais alta a renda, mais as pessoas são favoráveis à proibição. Apenas 5% da população com renda superior a cinco salários mínimos disseram ser contrários à proposta que impede o uso de celulares nas escolas, contra 17% na população que ganham até um salário mínimo.
A medida mais rígida também ganha mais adeptos entre os mais ricos: 67% acreditam que os celulares deveriam ser totalmente proibidos, diante de 54% dos brasileiros em geral.
Fonte: capricho