Com frequência os pais querem que os seus filhos aprendam outra língua e tentam usar diversos métodos para isso. Porém, às vezes não sabemos com clareza qual é a melhor forma de ensiná-los e podemos cometer erros ou, simplesmente, não escolher o melhor procedimento.
Por isso, a primeira coisa é saber que métodos existem para aprender outros idiomas e, a partir daí, escolher o método que melhor se adapte tanto aos filhos quanto aos pais.
Método TPR
Esse método crê na plasticidade da aprendizagem das crianças, isto é, crê que estamos biologicamente preparados para aprender qualquer idioma. A prova é que se falam conosco em português desde pequenos, aprendemos português, mas se nos falam em qualquer outra língua, também a aprenderemos.
A sigla significa Total Physical Response, resposta física total. Isso significa que quando falamos com bebês eles respondem fisicamente, por exemplo, sorrindo, porque em parte nos entendem. A sua reação provoca, por sua vez, outra resposta física no adulto.
A criança vai aprendendo o idioma sem nos devolver uma resposta verbal. Podemos fazer diferentes jogos com os bebês, lhes dar indicações e tudo o mais, que eles vão entender sem nos dar uma resposta verbal, o que não quer dizer que não estejam entendendo.
É o método que se costuma usar em sala de aula, com professores que são nativos. Por exemplo, ao ouvir a pronúncia dos nativos, os bebês, a partir dos dois anos de idade, conseguem adaptar o seu aparelho fonador aos fonemas da língua estrangeira. Como a língua materna, as outras línguas se aprendem, normalmente, primeiro de forma oral e depois escrita.
Método OPOL
OPOL é a sigla de One Person One Language – Uma pessoa, uma língua. Esse sistema funciona melhor quando os pais têm nacionalidades diferentes.
O bebê aprende por identificação, ou seja, identifica um idioma com um interlocutor, e então troca de registro cada vez que se dirige a um ou a outro. Para que esse método funcione é importante que se usem ambos os idiomas de forma indistinta.
Método Preview Review
Aconselha-se este método quando a criança já tem três anos ou mais e, anteriormente, não teve nenhum contato com outros idiomas.
Consiste em aprender por repetição constante. Dá-se uma palavra à criança, com a sua tradução, e assim constantemente. Quando se conversa com o pequeno, deve ser com frases curtas e claras.
O único problema deste método é que é lento, não por si mesmo, mas porque a língua mãe já está muito interiorizada.
Ensino complementar
Para além dos métodos, é importante ensinar o idioma de forma bem variadas, ou seja, complementar o aprendizado com outras formas de ensino como ler para as crianças contos na língua em questão, apresentar vídeos, fazer jogos ou através de aplicativos. Dessa maneira, é possível ensinar qualquer língua sem que saibam que estão “aprendendo”, simplesmente porque se interioriza o conhecimento de uma forma lúdica e leve.
Além disso, é melhor fazer isso bem cedo, pois quando as crianças são bem pequenas o cérebro é muito mais plástico e absorve melhor as línguas, funcionando como uma esponja. Se esperamos demais, provavelmente o ensino do outro idioma será mais difícil.
Com informações de Ser Padres.
Colaborou: Felipe Koller
Fonte: semprefamilia.com.br